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Enviada em: 21/04/2018

Escravidão, bullying, inferioridade, são diversas palavras que assombram o pensamento de afrodescendentes e de indígenas, desde o período que antecede a colonização brasileira. Em pleno século XXI, essa ideia ignorante continua a circundar, incluindo outras etnias que moram em periferias ou em locais menos favorecidos. Incentivar o estudo desses grupos por meio de cotas é um grande passo, mas questões como o aumento da desigualdade devem ser refletidas.    Garantir uma porcentagem de vagas em universidades, para afrodescendentes e indígenas, é uma tentativa de mudança no pensamento retrogrado e de inclusão desses no "mundo dos brancos".     Contrapondo a ideia de inclusão, muitos acreditam que a lei de cotas, criada em 2012, que em um dos seus artigos favorece determinados grupos étnicos, é uma maneira de aumentar a ideia de diferença ou de separação por raças. Segundo a terceira lei de Newton, toda ação gera uma reação portanto, incluir vagas por etnias pode gerar um pensamento de inferioridade nesses grupo, colaborando assim para o aumento da desigualdade.    As cotas nas universidades, portanto, só poderão ser consideradas inclusivas, quando classificarem os candidatos apenas em função da renda e do ambiente escolar no qual estudaram, sem levar em consideração o grupo étnico. Desse modo, o Ministério da Educação, juntamente com o Executivo e com o Legislativo, deve alterar os critérios de seleção de candidatos, não diminuindo as chances desses, mas tornando mais justas as cotas. As universidades, podem colaborar aderido as mudanças na lei e instaurando essa em seus processos de seleção. Dessa maneira, todos os indivíduos menos favorecidos poderão ter acesso ao ensino superior, pois já dizia Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele".