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Enviada em: 21/05/2018

Com o limiar dos ideais Iluministas e, posteriormente, a Revolução Francesa, a população mundial deveria saber a relevância da mobilização da massa para reivindicar seus diretos políticos. Nesse viés, atualmente, no que concerne às ações afirmativas para inclusão dos alunos universitários, é perceptível que essas políticas públicas sofrem rejeições diariamente. Urge, assim, uma mobilização homogênea da conjuntura social e do Ministério Público para combater esse impasse apresentado.    Convém frisar, a princípio, que o preconceito com pessoas usuárias das cotas nas instituições educacionais é reflexo do convívio em um meio gregário conturbado. Por esse prisma, consoante ao postulado Durkheimiano, o fato social retrata uma maneira de agir e raciocinar, provida de exterioridade, generalidade e coercitividade. Sob tal perspectiva, nota-se que a rejeição dos cotistas assemelha-se à teoria do antropólogo, isto é, se uma criança convive em um âmbito no qual os indivíduos manifestam esse hábito, infelizmente, irá incorporá-lo por virtude da convivência em conjunto. A lógica discriminatória, por conseguinte, é transmitida através de gerações, amplificando expressivamente a árdua socialização desse público.      Outrossim, é pertinente enfatizar a displicência do Poder Legislativo como um aspecto propulsor na intensificação do problema. Conforme promulgado na Constituição Federal, é dever do estado garantir a integridade física e psicológica de qualquer pessoa, autônomo de etnia, cor ou gênero. À vista dessa cláusula, é visível que o grupo utilizador das ações afirmativas, lamentavelmente, depara-se em uma circunstância deplorável, pois, embora o preceito esteja em vigor em pleno solo nacional, é irrefutável que ainda esbarre na fiscalização e nas ínfimas práticas preventivas. Um direcionamento eficaz da jurisprudência, isto posto, é fundamental para transpor a barreira do preconceito com usufruidor das cotas.       Torna-se evidente, portanto, uma medida para reverter esse cenário repugnante. A fim de mitigar o impasse, é imensurável a relevância da família, em consonância com a instituição educacional na construção ética e moral dos jovens, podendo ocorrer mediante conversas, peças teatrais e palestras que visem contemplar as divergências culturais e respeitá-las, assim como apresentar as consequências do ato preconceituoso no meio acadêmico, com o fito de atenuar a rejeição dos gozadores das políticas públicas, para que a pátria disponha de um desenvolvimento sociável e respeitador. Em harmonia com a ótica de Émile Durkheim, em suma, esse fato social será gradativamente suplantado na nação brasileira.