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Enviada em: 26/05/2018

Educação para todos   Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra incansavelmente até o topo de uma montanha, contudo ao chegar em seu destino, a exaustão e fadiga fez com que a pedra voltasse ao início, assim obrigando-o a reiniciar seu trabalho incessantemente. Inevitavelmente, há semelhanças entre o mito e a realidade do negro estudante no Brasil. Certamente, ao analisar a posição social, as oportunidades estudantis e trabalhistas e o preconceito na sociedade brasileira atual, tornará o mito em uma cruel realidade.  Historicamente, o Brasil constituiu sua sociedade em uma cultura predominantemente racista que perpetua até os dias atuais, fazendo com que as oportunidades dos negros sejam limitadas. A exemplo, a educação brasileira que não atinge a maioria da população, como consta na Constituição Federal Brasileira de 1988, a educação é um direito assegurado à todos os cidadãos brasileiros, entretanto esses fato não ocorre e o estudo não chega a população pobre e periférica que é predominantemente negra, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) 66% dos cidadãos que residem em periferias são negros. Além disso, a educação que chega a esses locais é precária, pela falta de materiais, profissionais qualificados e infraestrutura. Com isso, ao comparar com uma escola particular de alto custo e residente em um bairro nobre, a diferença de oportunidades é imensa e injusta.     Dessa forma, medidas devem ser tomadas para que essa desigualdade seja erradicada. O ministério da educação deve investir em infraestrutura nessas escolas, construção de outras mais e incentivo a professores, também projetos culturais, como palestras que mostrem a importância do estudo. E principalmente a permanência das cotas que incluem jovens que não obtiveram a mesma oportunidade de estudo a entrar em uma faculdade pública, tornando o sistema de ingresso à um ensino superior mais justo. Assim, os Sísifos brasileiros vencerão Zeus e seu castigo cruel.