Materiais:
Enviada em: 11/08/2018

A reversibilidade no romance de tese        No livro “o cortiço”, Aluísio Azevedo retrata a sociedade brasileira no século XIX, esta composta, majoritariamente, por negros sem acesso à educação. Atualmente, as medidas públicas que tangem o ensino ainda são falhas, haja vista que necessitam de outros fatores para funcionarem. Sendo assim, o sistema de cotas visa incluir e miscigenar o conhecimento em diversos níveis sociais.        É válido considerar, primeiramente, que as cotas intervêm em dívidas históricas. Desde a efetivação da Lei Áurea, os ex-escravos começaram a desenvolver seu modo de vida sem planejamento prévio, o que acarretou problemas que perduram até os dias atuais. Dessa forma, para reduzir os preconceitos socioeconômicos e fenotípicos, a curto prazo, as cotas nas universidades são essenciais.       Entretanto, há quem diga que utilizá-las é burlar o suposto modelo meritocrático. Devido ao fato de apenas determinados grupos sociais serem passíveis de aderi-las, podem ser interpretadas como injustas. Porém, assim como em uma situação física, em que a distância entre dois corpos mantém-se constante e apesar de modificá-la em um, o outro continuará à frente, a lógica meritocrática torna-se inaceitável.       Portanto, apesar das soluções a curto prazo, necessita-se de ações duradouras e inclusivas no âmbito estudantil. Então, parcerias entre o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho, a fim de promoverem melhor desenvolvimento pedagógico às educações primárias, por meio de remunerações que incentivem o trabalho do professor, visam-se efetivas. Dessa forma, a longo prazo, a educação estará mais acessível e sobrepujará a sociedade presente no romance de Aluísio Azevedo.