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Enviada em: 20/08/2018

Negros. Escola Pública. Baixa Renda. São algumas das modalidades no sistema de cotas utilizado pelo SISU, plataforma que organiza as inscrições nas universidades federais e estaduais. Entretanto, tal modelo faz emergir diversos debates sobre meritocracia, desigualdade social e racial, além do preconceito e questões de gênero. Assim, no formato atual, o sistema de cotas é uma maneira de diminuir a qualidade do ensino às custas de uma diversidade no campus acadêmicos.             De modo geral, a principal função de uma faculdade não é o diploma, mas a formação de um conhecimento sólido e que deve ser aplicado ao mercado de trabalho ou para fins acadêmicos. Como escreveu Aristóteles no livro Metafísica, "é natural no ser humano o desejo de conhecer", entretanto, a maioria dos brasileiros não possuí o desejo de saber e nem mesmo percebe isso. Tempos atrás, no portal de notícias G1, foi postada uma notícia que se referia a uma estudante que passou em primeiro lugar na USP, mas que sofria bullying por ser inteligente. Assim, independente de cor ou classe social, é necessário ter inteligência para entrar em uma faculdade pública e não um fenótipo específico. Não são raros os casos de filhos de empregados de baixa formação (lixeiros, catadores ou domestícos), que independente de sua condição, conseguiram suas vagas através do estudo. De forma geral, o sistema de cotas não fomenta a inclusão de indivíduos interessados no conhecimento, mas na seleção de um fenótipo.             Além disso, o sistema de cotas cria uma ilusão de igualdade. Por exemplo, o curso de medicina (o mais concorrido do país) possuí notas de corte mais baixas para cotistas, em média de 700 a 720, enquanto as notas de ampla concorrência são em torno de 770 à 800. Dessa situação, o preconceito surge quando um cliente prefere um profissional branco ao invés de um negro, já que devido as notas de corte, um cotista é teoricamente um profissional pior (o que pode não condizer com a realidade, em sua maioria). Dessa forma, quando políticos afirmam que as cotas são um meio de promover a igualdade, é na verdade uma mentira, já que somente reafirma preconceitos e racismos.        Portanto, a Lei de Cotas é uma forma de não incentivar os estudos e aumentar os problemas sociais já existentes. Desse modo, é necessário uma abolição desse sistema, para reformular a cultura acerca dos estudos. Mas também, é importante e urgente o melhoramento do ensino público, seja por novas escolas ou por melhoramento nas infraestruturas, sendo necessário um ensino que se equipare aos das escolas privadas. Para isso, o governo deverá recorrer a ajuda de instituições internacionais (ONGs, ONU, fundações, etc.), para realizar as reformas necessárias na formação dos professores e nas reformas estruturais, elevando a educação brasileira aos altos níveis internacionais.