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Enviada em: 04/08/2019

Para o filósofo Pierre de Bordieu, “Aquilo que foi criado para se tornar instrumento de democracia direta não deve ser convertida em mecanismo de opressão simbólica”. A conhecida frase nos permite entender a importância das políticas de cotas nas universidades e seu caráter de integração. Inclusão essa que promove a diversidade, bem como a redução do preconceito no tecido acadêmico.   É incontestável que as políticas de inclusão através das cotas e promove uma pluralidade no âmbito universitário. Segundo John Rawls, “Equidade é uma distribuição de direitos a qual busca o equilíbrio na sociedade”. Certamente as cotas seguem essa teoria, porque a promoção de diversidade étnica em profissões como Engenharia, Medicina e Odontologia os quais tradicionalmente não há tal pluralidade, e se configura como sua principal virtude inclusiva. Efeito esse que deve ser almejado no tecido social.   Da mesma forma, evidencia-se a redução do preconceito como também um dos efeitos da inclusão de cotas em universidades. Isso porque no convívio diário universitário, as cotas sejam raciais, de indígenas ou de alunos mais carentes, estimula o convívio ente os grupos, e isto ajuda a diminuir o Julgamento. Segundo Freud em seu livro, “Psicologia e análise do Eu”, os indivíduos tendem a oprimir o diferente”, e é contra este ponto que as cotas tem seu destaque, combatendo o preconceito.   Diante dos fatos supracitados, fica evidenciado o carácter de inclusão das cotas em universidades. Para que isso continue a ocorrer, o Ministério da Educação, deve fortalecer ainda mais as ações afirmativas, por meio de investimentos, com o objetivo de abranger ainda mais vagas, garantindo assim o papel de integração das cotas. Ademais, o mesmo órgão pode formular também mais campanhas de conscientização, por intermédio da mídia, a fim de evidenciar a importância das cotas sobre a redução do preconceito, e consequentemente robustecer o caráter de integração das políticas de inclusão sobre o ensino superior.