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Enviada em: 28/07/2019

Dia 13 de maio de 1888: e o que se chamou de liberdade, era sinônimo de desamparo, milhões de negros despejados na rua no dia 14 de maio de 1888, sem projeto de nação, sem projeto de inclusão. Dessa forma, desde a Abolição da Escravatura, o Brasil arrasta uma dívida histórica com o povo negro, diante disso as políticas afirmativas (cotas) implementadas em 1997 vieram para buscar a inclusão social do povo negro a tanto marginalizados. Por conseguinte, torna-se crucial uma análise do papel do Estado, assim como a importância do acesso à educação como ferramentas de inclusão social.     Em primeira análise, o Estado é um dos motores principais na busca da inclusão e justiça social, dessa forma o Poder Executivo tem tentado garanti-los. Consoante Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco” – a política e o Estado servem para garantir a felicidade e os direitos dos cidadãos, para que assim, possam desenvolver suas virtudes e buscarem o bem comum. Da mesma forma, a eficácia já comprovada, por meio de dados e pesquisas do MEC, da política de cotas no Brasil foi um dos mecanismos que o Estado usou para garantir a inclusão social de parte de uma população que até os dias atuais se defronta com um lamentável racismo estrutural. Logo, de maneira gradual, as cotas têm transformado essa triste realidade social no Brasil.     Outrossim, já e cientifico e amplamente comprovado que o acesso à educação é uma ferramenta crucial na busca da inclusão social. Portanto, segundo Paulo Freire – para que o Brasil possa avançar e corrigir suas desigualdades sociais faz-se imprescindível a efetivação de um amplo e abrangente sistema educacional – nesse sentido, as cotas propiciaram uma maior abrangência da educação, uma vez que quase 10% dos universitários são negros, mas que antes da implementação das cotas esse número era menor do que 2%, segundo dados governamentais.     Então, cabe ao MEC junto a organizações civis e Movimento Negro, dentro da realidade socioeconômica do Brasil, buscar ampliar e garantir as políticas afirmativas (cotas), por meio de projetos e grupos capazes de fiscalizar e acompanhar a efetiva implementação das mesmas, além de apoiar a permanência dos contemplados por meio de programas assistências dentro da própria Instituição – a fim de que, ao contrário da Abolição, possamos fornecer mecanismos para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e de inclusão.