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Enviada em: 03/07/2017

Compensação. Essa é a "alternativa" que leva a adoção das cotas nas universidades. A falha educação básica e pública e o racismo no qual estamos inseridos, é o que leva a ideia de inclusão de pessoas com renda menor que um salário mínimo, negros e estudantes de escolas públicas nas universidades. Devemos, então, analisar os dois lados da situação e mostrar que a adoção de cotas não é o caminho mais interessante.    Em primeiro lugar, é preciso entender o real motivo das cotas para as universidades. Como dito, o sistema educacional brasileiro é falho. Há uma certa descrepância do ensino público para o ensino particular, já que as escolas particulares têm uma melhor infraestrutura, professores melhores qualificados e os alunos têm maior acesso aos livros didáticos, diferente das públicas. O racismo que é uma marca pelos  400 anos de escravidão vividos no Brasil, é, também, um dos fatores para a adoção de cotas.    Apesar de que para muitos elas são necessárias, ainda não é o caminho mais viável. Com o objetivo de homogeneizar e dar direitos "iguais" aos brancos e negros, ricos e pobres às universidades, as cotas só aumentam a desigualdade, de forma que alguns acabam ganhando mais privilégios do que outros. Em um contexto de igualdade, então, todos deveriam ter os mesmos privilégios e acessos às universidades de formas iguais. Percebe-se, então, certa necessidade na adoção de medidas de formas mais justas para a inserção dessas pessoas às universidades.    Torna-se evidente, portanto, que as cotas estão longes de serem as alternativas mais viáveis para a inclusão de pessoas às universidades. Em primeira parte, o Governo deve melhor investir na educação de base, de forma que os alunos tenham uma melhor preparação para o ensino superior, sem a necessidade das cotas. Além disso, as escolas particulares deveriam oferecer bolsas, para que alunos de baixa renda tenham mais acesso. Por fim, as universidades devem oferecer a quantidade de vagas iguais a todos, tanto negro quanto branco, tanto rico quanto pobre, sem exclusão.