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Enviada em: 02/12/2017

A sociedade contemporânea brasileira acomete-se em um constante legado dos 300 anos de escravidão no Brasil. Consecutivamente, no limiar do século XXI, o racismo juntamente com a negligência governamental em prover uma boa educação pública, torna necessário métodos de inclusão social para o negro no país.   A princípio, com o início do interesse por um mercado consumidor em meados do século XIX, foi-se criando as leis abolicionistas, observa-se no Brasil, após a legitimação da lei Eusébio de Queiroz, a criação de empecilhos para os negros quando a escravidão fosse abolida, exemplo disso é a lei de terras, lei essa que só permitia a posse de terras através de um documento comprado, percebendo-se assim a dificuldade do negro na procura de um lar quando foi aprovada a lei áurea, gerando a criação de favelas e deixando o negro a margem da sociedade.  Além disso, a tentativa de embranquecer o país dando o trabalho da produção de cana para os imigrantes, dificultou o acesso ao dinheiro para os negros, negando assim educação, saúde e segurança para essa população.   Outrossim, as cotas são necessárias pela falha do ensino público no Brasil, fator esse proveniente da sua má formação, por seu passado como colônia de exploração de Portugal, tornando-se inviável a competição entre alunos de escola particulares e públicas no acesso à uma faculdade gratuita, e que tem por vezes uma melhor e mais renomada qualidade de ensino.   Fica evidente, portanto, que as cotas são um benefício necessário pela exclusão e inferiorização dessa população no país. Sendo assim, cabe ao Ministério de Educação através de palestras e aulas, a reprodução da história do negro e do racismo vivenciado como algo deplorável e que precisa de reparação. Paralelamente, faz-se necessário a melhoria do ensino público através da melhor remuneração e fiscalização dos professores pelo governo e pelo Ministério das Cidades. Só assim, o país irá se tornar mais plural e justo.