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Enviada em: 04/12/2017

O fruto que ainda colhemos       É indiscutível que a implantação do sistema de cotas nas universidades brasileiras traz divergências de opiniões por todo país. Dentre tantos fatores relevantes, temos: grupos que defendem as cotas , eles mostram que elas podem ser usadas para diminuir a desigualdade e grupos que são contra que se baseiam no argumento de que todos os indivíduos são iguais perante a lei.       Sabe-se que o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão. A lei foi mudada mas ainda colhemos os frutos gerados por esse período da nossa história. Não é coincidência que boa parte da população saiu das senzalas e acabou nas favelas, sendo naturalmente marginalizada e na maioria das vezes sem acesso as universidades.Dessa forma, para boa parte da população a criação das cotas ajuda á diminuir a desigualdade entre brancos e negros, já que possibilita um grupo historicamente excluído a ter acesso as universidades e torna possível um futuro melhor para diversas pessoas.       Por outro lado, grupos contrários as cotas raciais alegam que todos os indivíduos são iguais perante a lei, que elas alimentam o preconceito e que são imorais e injustas. Nas instituições que adotam o critério da autodeclaração é possível burlar o sistema. Ou seja: a pessoa pode dizer que é negra e não ser, só para ter mais chance de garantir a vaga como já aconteceu no curso de medicina da UFMG(Universidade Federal de Minas Gerais) onde um jovem mesmo com pele, olhos e cabelos muito claros se declarou negro para concorrer a uma vaga dentro do subgrupo.       Como se vê, a implantação do sistema de cotas nas universidades brasileiras traz divergências de opiniões, grupos favoráveis e contrários. Desse modo, as cotas devem ser encaradas como uma medida provisória e necessária. O governo federal, estadual e municipal devem investir fortemente na educação, criando novas escolas que forneçam uma melhor formação para todos e criando mais vagas nas universidades.