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Enviada em: 03/12/2017

Cotas : inclusão o retrocesso?       A maior parte da sociedade sabe que um pouco mais da metade da população brasileira é negra. Sabe ainda que essa maioria não é adequadamente representada nas esferas sociais de maior prestígio.Nessa perspectiva, fica a reflexão de o porquê as cotas raciais nas universidades serem consideradas um retrocesso ou um processo de inclusão.       Para os que as consideram um retrocesso, o principal argumento põe em cena a questão da discriminação, tendo origem na falha ideia de que " somos todos iguais". Tal pensamento quer, à força, negar a realidade de racismo e marginalização em que a população negra vive.        As cotas fazem, sim, uma ação de discriminar, contudo, traz mais benefícios para essa realidade já inflamada pelo racismo, que discrimina, mata, subjuga pessoas todos os dias. As cotas raciais são uma forma de combater o preconceito de cor e empoderar os negros a ponto de, no futuro, alguém poder dizer, com propriedade, que não há discriminação racial no Brasil e bradar que , no que diz respeito a cor, " somos todos iguais".       Os que consideram as cotas um processo de inclusão entendem que tal ação não deve ser perene e não é a solução para toda a problemática de racismo no Brasil, entretanto, ela é sim algo que contribui para minimizar os efeitos dos longos anos de escravidão pelos quais a sociedade passou.        Por fim, é necessário que uma maior parcela da sociedade considere as cotas raciais algo positivo, para isso , é urgente que se promovam mais espaços de discussão a fim de que melhor se compreenda a ideologia por detrás  desse mecanismo de inclusão e, enfim, a quantidade de médicos , juízes , políticos - entre outros- negros e brancos presentes na realidade brasileira se aproxime de uma equiparação .