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Enviada em: 27/03/2018

Desde o período colonial com a sociedade açúcareira brasileira marcada pelo trabalho escravo e com a imensa concentração fundiária presente até hoje, o Brasil caracteriza-se por ser uma nação desigual. E, em meio a essa situação, uma possível solução foi o sistema de cotas implantado nas universidades públicas, o qual visa garantir vagas para a população negra e a de baixa renda com notas menores do que as necessárias para concorrentes não cotistas.   A necessidade dessa mudança na seleção universitária vem por conta da qualidade pública de ensino, a qual mostra-se inapta para concorrer com a das instituições escolares privadas, com professores mal remunerados, com falta de acesso ao conhecimento, de livros e até mesmo falta de cadeiras para os alunos assistirem às aulas sentados.   Junto a essas condições precárias está o racismo, o qual persiste mesmo após 130 anos do fim da escravidão pela lei Áurea, com a população negra estereotipada como burra, criminosa e inferior, quando o crime contra maior consiste em julgar outra pessoa pela cor da sua pele e impedir que esta não conviva em harmonia e igualdade, prejudicando os jovens negros que tem de lidar com essa situação diariamente e ainda de forma mais marcante no mercado de trabalho, no qual é comum a ocorrência de casos onde vagas são negadas por conta da raça.   Sendo assim, o sistema de cotas tenta abrir mais oportunidades para uma população marcada pelo preconceito e precariedade de ensino público sendo um progresso para uma longa caminhada rumo a um mundo mais justo e para conseguir tal feito, o governo deve começar a investir de forma eficiente na educação básica visando a igualdade de concorrência no mercado de trabalho com professores mais bem remunerados e materiais didáticos de qualidade para disseminar educação qualitativamente, pois só assim, co o conhecimento, a ignorância do racismo e preconceito será então sanada.