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Enviada em: 28/05/2018

A questão da migração na visão de muitos brasileiros é negativa e por isso pode ser prejudicial. A xenofobia, no Brasil, decorre de um processo histórico e devastador de direitos humanos. E esse cenário pode ser modificado pela compreensão coletiva de ações baseadas na empatia     Segundo uma pesquisa do Ipsos, 31% dos brasileiros é favorável ao total fechamento das fronteiras a imigrantes. Esse índice reflete um problema histórico no país: de aceitar imigrantes apenas quando é favorável ao brasileiro, por exemplo, na época escravista os africanos eram aceitos pois eram um benefício. Mas, atualmente, existe muitos casos de xenofobia pois os imigrantes são vistos como concorrentes, tanto pelos auxílios sociais, quanto pelo trabalho. Esse narcisimo exploratório de parte dos brasileiros causa aversão ao imigrante, o que, consequentemente, causa suspensão de direitos pelo conflito cultural.    “Se podes olhar vês, se podes ver repara", a partir desse conceito de José Saramago identifica-se o estopim da xenofobia brasileira- a empatia. Os brasileiros não possuem uma educação baseada na empatia e por isso, no contexto dos migrantes, não os ajudam por não possuírem capacidade de compreender e se sensibilizar com a situação alheia. Nesse contexto, ainda há muita aversão a estrangeiros- o que se torna paradoxal no país mais miscigenado do mundo-pela ausência de mecanismos que abordem a temática dos imigrantes estrangeiros, suas dificuldades e que cause o recrudescimento da empatia. É necessário evoluir o pensamento para que o país com o “status” de receptivo não passe de uma falácia.  Segundo José Saramago “é necessário sair da ilha para ver a ilha”. Logo para que se possa vivenciar as dificuldades do imigrante para reconhecer e abandonar o narciso e ajuda-lo, é necessário que no cinema, na publicidade, nas palestras e na escola sejam abordadas temáticas sobre os migrantes, e, assim, pelo desenvolvimento da empatia os direitos dos estrangeiros migrantes sejam defendidos e respeitados por brasileiros.