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Enviada em: 15/06/2018

O Brasil é uma mistura do estrangeiro: europeus e africanos são a base do país - além dos indígenas, é claro. As migrações que os trouxeram, em sua maioria, foram feitas de forma compulsiva. Muitos não sabiam sequer para onde estavam indo, como no caso africano, alvo do trabalho escravo. Contudo, atualmente, o brasileiro tem outro olhar pra quem chega ao país que antes era mão-de-obra barata ou escravizada para ajudaria a alavancar sua economia, hoje é "ladrão" de empregos que, muito provavelmente, trará o mal para o país. Só  não mudou a forma animalizada de olhar pro diferente.        Acerca desse assunto, a xenofobia é fator determinante: pensar que alguém buscando por refúgio da fome, da guerra, ou do terror levaria, justamente, tudo aquilo do que foge para o lugar de refúgio deixa de ser preconceito e se torna falta de senso da realidade. Isso porque alguém que foge de situações adversas, como a Guerra na Síria e em Gaza, por conta do terror não vai para outro país levando o caos do qual está fugindo, essa pessoa quer, de fato, distância dele. Também não é difícil entender que uma pessoa, advinda da Nigéria, por exemplo, está fugindo da atual guerra entre o Boko Haram, um entre alguns grupos terroristas em busca um califado, e o povo como um todo. E, não é difícil entender que qualquer pessoa sofrendo tudo isso também fugiria.       Com esse entendimento, o Brasil aceita - praticamente - qualquer pessoa que comprove tais situações e peça refúgio. Mas, não aceita todos já que são exigidos uma série de documentos, muito difíceis de serem conseguidos por pessoas pobres. Segundo a revista ISTOÉ, cerca de 500 venezuelanos cruzam as fronteiras brasileiras todos os dias, seja pela crise, a inflação, a fome ou a falta de empregos. O grande problema nisso, é que eles se concentram no Acre, e não existe um plano nacional de distribuição desses migrantes. Eles que, em sua grande parte, são qualificadas e podem contribuir muito para a economia brasileira. O que traz à tona a máxima Ubuntu, sobre ajuda mútua: um ser humano é humano por causa outros seres humanos.    Logo, é fundamental que, sim, se aceite todos os migrantes em busca de refúgio no Brasil. E, para isso, é necessário que haja um Plano Nacional para distribuí-los de forma regular em todos os estados, através de decreto do executivo. Assim, esse recém chegado se direcionaria a um posto que o enviaria à outra cidade de forma receptiva. Além disso, é primordial que existam campanhas na grande mídia de forma a conscientizar o povo brasileiro sobre o fato de o imigrante não ser um mal. Outrossim, é fulcral que o Ministério da Educação crie oficinas de modo a ensinar a língua portuguesa aos migrantes. Assim, aos poucos o país colocaria em prática a filosofia Ubuntu, sendo um país de todos.