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Enviada em: 02/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade se desenvolve quando um indivíduo passa a ter preocupação com os problemas do outro. No entanto quando se analisa a questão do preconceito contra os estrangeiros, no Brasil, hodiernamente, é notório que esse ideal iluminista é aplicado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade da nação, seja pelo posicionamento ocupado pela justiça em relação ao problema, como também a visão que a sociedade brasileira assume, tendo em vista o estrangeiro como uma ameaça para a estabilidade de empregos no território nacional.        É indubitável, que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas da problemática. Segundo o filósofo grego Aristóteles, A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça, e desse modo garantir um equilíbrio social. De maneira análoga, é possível, perceber que, no Brasil a falta de respaldo oferecido pela justiça para eliminar as agressões contra a figura do imigrante, acomete essa intenção de manter uma harmonia em meio à comunidade. Segundo matéria publicada pelo jornal Estadão o número de casos não julgados, envolvendo racismo e preconceito contra o estrangeiro tem aumentado de forma alarmante nos dias atuais. Haja vista, que essa situação representa uma deficiência a ser discutida e resolvida de forma atenta e urgente.             Por conseguinte, destaca-se que a ideia assumida pelo povo brasileiro em relação ao migrador, pode ser entendida como propulsor do problema. De acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim o fato social tem participação nos diferentes comportamentos coletivos do tecido social, dotado de exterioridade, coercitividade e generalidade. Seguindo essa linha de raciocínio, observa-se que a sociedade nacional possui um receio de perder a sua posição no mercado de trabalho e dessa forma praticam atos de discriminação e violência tanto verbais como físicas contra esses indivíduos que atravessam a fronteira em busca de melhores condições de vida. Esse fator representa um impasse que necessita de resolução imediata.              É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o ministério da justiça deve criar uma emenda constitucional que garanta os interesses do estrangeiro e o devido julgamento nos casos de preconceito, promovendo a inserção desses povos no cenário brasileiro. Como já dito pelo filósofo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele. Logo, o Ministério da educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos que discutam o combate ao preconceito contra o imigrante, a fim de que a comunidade se desprenda de certos tabus.