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Enviada em: 24/10/2018

No que se refere ao olhar brasileiro para estrangeiros no séc. XXI, é possível afirmar que o preconceito é seletivo, e se manifesta pela falta de ensino a respeito da cordialidade nas escolas brasileiras. Isso se evidencia não só pela sociedade ser cordial apenas com pessoas oriundas de países europeus, mas também pela mesma praticar xenofobia contra imigrantes negros e amarelo.         Em primeiro lugar, o Brasil é constituído por diferentes raças, não é por acaso considerado um povo mestiço. Uma nação de índios, negros e portugueses, mesmo assim a visão eurocêntrica se sobressai. Uma vez que, houve no início do séc. XX a tese de “embranquecimento” do país, defendida principalmente pelo antropólogo João Baptista de Lacerda, isso deu originou ao incentivo à imigração em massa de europeus, principalmente italianos. Contudo, em um país de diversidade raciais, a “democracia racial” seria imprescindível, porém isso ainda é um mito. Ainda mais, que o pesquisador Gustavo Barreto, concluiu que a aceitação é seletiva, com diferenças na recepção, por exemplo, europeus e africanos.           Além disso, a escritora e ativista social Helen Keller, afirmava que o resultado mais importante da educação é a tolerância. Tal declaração, permite que seja refletido, sobre como a visão etnocêntrica poderia ser revertida se houvesse uma instrução sobre respeito às diferenças, com ênfase que todos devem ser tratados iguais, independente de raça e origem. Sob esse viés, no livro “raízes do Brasil” do paulista Sérgio Buarque, é desenvolvido o conceito de “homem cordial”, a característica brasileira é definida como: simpática, coletiva e gentil, mas essa forma de agir tem que ser difundida e não restrita à apenas um grupo. Dessa maneira, o Comitê Nacional para os refugiados(Conare), lançou uma campanha contra a intolerância a imigrantes, “o intuito é prevenir manifestações de xenofobia, geralmente por falta de informação”, afirma Beto Vasconcelos.         Destarte, fica claro que a aversão aos estrangeiros se limita apenas aos não-brancos, como também é fruto da falta de conscientização da população brasileira. Nesse sentido, convém que o Ministério da Educação inclua no currículo escolar aulas sobre cordialidade para com todas as raças estrangeiras independente de sua origem, feita por professores de história e sociologia para alunos de ensino fundamental e médio, bem como, realizar palestras frequentemente sobre a importância da prática da empatia e respeito aos diretos do próximo, com a participação de estrangeiros que contem sobre os desafios enfrentados no Brasil, para o público de pais e alunos. A fim de, que o país seja receptivo, abrace e respeite todas às diferenças, e sobretudo tenha empatia.