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Enviada em: 03/07/2019

Embora o país receba imigrantes desde sua colonização, é inegável que tal fenômeno ainda demanda discussão. A visão do brasileiro quanto ao imigrante varia de hostil à desonesta, na maioria dos casos. O temor pela concorrência no mercado de trabalho, bem como a prática de trabalho escravo exemplificam isso. Logo, são imprescindíveis mais ações governamentais, tendo em vista elucidar essas questões.     A princípio, convém ressaltar que, diante do atual cenário do mercado de trabalho nacional, torna-se comum destinar ao imigrante um tratamento hostil. Segundo o portal G1, são mais de 13 milhões de desempregados no país, ou seja, 13 milhões de brasileiros que veem na chegada de estrangeiros – que buscam melhores condições de vida – um aumento na concorrência pela busca de trabalho. A partir disso, casos de xenofobia como o ocorrido contra os médicos cubanos, tornam-se cada vez mais comuns.     Concomitante a isso, a desonestidade para com imigrantes em situação ilegal preocupa. Por desinformação, na maioria das vezes, estrangeiros que desejam residir no Brasil acabam recorrendo a meios ilícitos como aos “coiotes”, por exemplo. No entanto, ao atravessarem as fronteiras do país, são submetidos à condições de vida sub-humanas e a trabalhos análogos à escravidão. O caso dos venezuelanos resgatados de uma fazenda em Roraima em 2018 ilustram a situação.     Logo, fica clara a necessidade de resolver tais problemas. Diante disso, cabe ao Ministério das Relações Exteriores, adjunto às mídias de comunicação, disponibilizar protocolos para entrada legal de imigrantes no país; para isso, a criação de portais online e propagandas com instruções e órgãos responsáveis pela legalização de vistos ajudaria a informar melhor os imigrantes. Além disso, cabe ao Estado a criação de cotas para nativos que no que concerne o direito à empregos públicos e privados, por exemplo. Assim, o trabalhador brasileiro se tranquilizaria, a xenofobia seria desestimulada e os imigrantes, melhor informados, correriam menos riscos.