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Enviada em: 11/09/2017

Fluxos migratórios, durante todo o período após a colonização portuguesa em meados do século XVI, foram comuns no Brasil. Por exemplo, vários ingleses vieram, no século XIX, para o país em busca de oportunidades e, sobretudo, como forma de fugir das mazelas deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Contudo, mesmo com tanta miscigenação, o brasileiro ainda encontra dificuldade em aceitar esses estrangeiros por causa do preconceito e, não obstante, por causa do medo.      A princípio, estrangeiros deveriam ser tidos como pessoas que contribuem para o sucesso de uma nação, porém o preconceito se torna imperativo para que isso não aconteça. Nesse contexto, John Locke, filósofo contratualista do século XVII, comenta sobre a natureza do ser humano, a qual, segundo o autor, é análoga a uma tábua rasa. Ou seja, é preenchida por experiências do passado que afetarão as ações do presente. Destarte, pode-se inferir que, devido às diversas explorações estrangeiras que o Brasil sofreu - como com a extração de pau-brasil -, os brasileiros se tornaram aversos à presença de estrangeiros em território nacional.      Concomitantemente ao preconceito, o medo desses imigrantes se espalha entre a população, uma vez que tal atitude é inata ao ser humano. Nesse âmbito, vale ressaltar que esse sentimento é derivado de reações químicas que derivam da iminência do perigo, produzindo, por exemplo, picos de adrenalina. Todavia, assim como todo medo, esse de estrangeiros advém da impossibilidade da consciência humana de prever as consequências desses fluxos imigratórios. Assim, ao perceber isso, a população prefere recorrer ao seguro à aceitar esses imigrantes como vizinhos.      Fazem-se, portanto, necessárias medidas para esses imigrantes não sofram preconceito e, tampouco, sejam vítimas do medo e ódio. Para tanto, o Poder Legislativo, a partir da Câmara dos Deputados, deve criar leis que garantam os direitos, em especial a dignidade humana, desses novos cidadãos em território brasileiro. Outrossim, o Ministério Público abrirá ouvidorias que investigarão atos de ódio praticados contra esses imigrantes, aplicando a lei com todo rigor a fim de acabar com a impunidade desses crimes. Ademais, o Ministério da Educação, juntamente às escolas da rede privada, devem criar atividades escolares com o foco nas contribuições da miscigenação no Brasil e na importância da imigração para segurança desses estrangeiros.