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Enviada em: 21/03/2018

Guerra civil, crise política e catástrofes naturais são alguns dos motivos que corroboram para o êxodo de pessoas de seus países de origem. Porém, ao adentrar em solo estrangeiro, esses indivíduos, muitas vezes, são hostilizados e estigmatizados, como o que ocorre no Brasil atual. Logo é necessário que medidas sejam tomadas a fim de sanar esse quadro negativo.       A Xenofobia, termo designado para ilustrar a aversão ao estrangeiro, é um problema mundial e também brasileiro, ou seja, a desinformação aliada ao alarme midiático excessivo corrobora para que esse conceito seja difundido. Segundo o Presidente da Comissão de direitos dos Refugiados da OAB de São Paulo, Manuel Furriela, a Organização das nações unidas (ONU), recomenda que o país de destino possa receber um número de refugiados que não ultrapassem 3% da população, e o Brasil, até então, está na ordem dos 0,7%, ou seja, o número de Haitianos e sobretudo de Venezuelanos hoje refugiados em solo brasileiro é pouco significativo se comparado à demografia atual. Aliado a isso, nota -se também, em alguns casos, o papel da mídia na construção de um pensamento aversivo a esses indivíduos que, com reportagens estigmatizantes, tentam incutir no pensamento do telespectador que essas pessoas estão sobrecarregando as politicas públicas do país, o que, segundo a ONU, não é verdade.       Além disso, é possível observar que não só nos dias atuais, mas também no século passado, que o nacionalismo exacerbado paralelo ao medo e a aversão cultural na Europa pré guerra, foi um dos motivos que fizeram crescer a intolerância, perseguição e estigmatização do povo Judeu nos Países Baixos e sobretudo em território alemão, culminando em um dos mais violentos massacres da idade contemporânea. Sendo Assim, é importante que a população busque se informar da realidade difícil pela qual passa um refugiado e que o sentimento nacionalista/xenofóbico não ultrapasse a cordialidade e a defesa dos direitos humanos.       Portanto, para reverter esse contexto de xenofobia, o Governo Federal, mediante da mídia, deve informar e conscientizar a população através de propagandas em TV aberta, sobre a questão da quantidade de refugiados na qual o Brasil tem suporte para hospedar e que esse número não sobrecarrega as políticas públicas, evitando assim que os brasileiros hostilizem esses indivíduos que chegaram ao país. A população, por sua vez pode criar equipes voluntárias que ajudem essa parcela a regularizar a sua documentação e sua estadia no país, dando o apoio emocional e base necessárias para que consigam desenvolver uma vida digna mesmo longe do seu país de origem.