Materiais:
Enviada em: 04/06/2018

A obrigatoriedade da vacinação  Atualmente, pouco se questiona a respeito da obrigatoriedade da vacinação no Brasil. Sabe-se que essa é a responsável pela quase erradicação de várias doenças pelo país, como o sarampo e a tuberculose, responsáveis por inúmeras mortes no passado. A vacinação precisa ser vista como um ato obrigatório, pois é algo que impede o reaparecimento de doenças antes erradicadas. Entretanto, evidencia-se um grande empecilho no processo de obrigatoriedade: os movimentos contra a vacinação.   Inicialmente, oportuno se torna mencionar o pensador do século XVII Francis Bacon, que dizia: ''Os costumes vindos do passado devem ser sempre questionados, apontando críticas para a tradição." Contrariando o pensamento de Bacon, percebe-se o retrocesso da sociedade, que opta por manter antigos costumes, negando-se à imunização. Torna-se nítida a causa destes novos movimentos quando pesquisas relacionando a vacinação à causa de síndromes, como o autismo, ganham repercussão na mídia, como no caso do médico Andrew Wakefield.  Deve-se ainda dizer que, na maioria dos casos, os estudos encontram-se em fase de testes, ou seja, não representam verdades comprovadas, evidenciando a necessidade de questionamento pela sociedade, devendo essa estar sempre crítica em relação às pesquisas da área. Dados apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram de forma explícita as consequências da não vacinação: entre 2003 e 2013 foram registrados 161 casos de sarampo no estado do Ceará.    Por isso, torna-se evidente a necessidade de intervenção social no que diz respeito a vacinação. É preciso que o Ministério da Saúde organize campanhas publicitárias conscientizando o público sobre as consequências da não imunização, listando as principais doenças possíveis de contaminação para o indivíduo que não é vacinado. Tais medidas precisarão ser vinculadas durante todo o ano, e intensificadas nas regiões com mais casos, como o estado do Ceará, no nordeste.