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Enviada em: 27/07/2018

Em 1904, o então presidente Rodrigues Alves, juntamente com o médico Oswaldo Cruz organizaram uma missão de vacinação compulsória no Rio de Janeiro, a qual promoveu a conhecida Revolta da Vacina. Analogamente, nota-se hoje, grupos anti-vacinação que devido ao excesso de informações coloca-se na condição de não se imunizar, pondo em risco sua vida e a vida de outros, uma vez que a saúde não é algo particular, mas pública, deve por consequência, ser obrigatória.    É indubitável que as comunicações veiculadas atualmente em rádios, televisões e internet, faz com que o público se sinta com o conhecimento total de determinados assuntos, como ocorre com relação à vacina. Grupos anti-vacina vêm espalhando-se, embutidos de argumentos à respeito dos efeitos colaterais, sendo favoráveis à imunizações alternativas com homeopatia e boa alimentação. Pretextos esses que devem ser refutados, dado que aceitos, podem causar mortes com a não prevenção e o reaparecimento de doenças.    De fato, a erradicação da poliomielite, varíola, sarampo e rubéola no início do século XXI no país, foi possível com campanhas. Porém, o retrocesso é notório nesta década com casos confirmados, como no Rio de Janeiro em Julho de 2018, de 14 jovens com sarampo. O médico brasileiro Dráuzio Varella, salienta em um de seus artigos sobre o tema que os argumentos para justificar as crenças daqueles que mostram-se contrários, contradizem as evidências científicas mais elementares. Visto que a incorporação dos senso comum, proporciona um julgamento errado com relação à proteção. Cabe assim, ação direta de entidades influenciadoras da sociedade, para que se encerre tal problema sociocultural.     Fica evidente, portanto, que o excesso de informações faz com que o indivíduo tenha uma conduta equivocada com relação à vacina, tendo esta que tornar-se obrigatória. Para que a população não se revolte com a obrigatoriedade, como ocorrido no século passado no Rio, o Ministério da Saúde juntamente com a mídia, devem promover campanhas contendo informações sobre os reais efeitos da imunização, de forma a instruir pais para que vacinem seus filhos. As escolas devem colocar como obrigatória a apresentação do cartão de vacinas em dia, no ato da matrícula dos alunos, contribuindo para uma cultura educacional de prevenção. Assim, será possível a longo prazo, o encerramento permanente de doenças que contêm vacinação, sem a reincidência de grupos insipientes.