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Enviada em: 28/07/2018

O Estado serve para assegurar, por meio da obrigatoriedade das leis, o bem comum. Entretanto, no que diz respeito a saúde individual, a obrigatoriedade desmedida pode causar temor na relação entre Estado e sociedade. Por exemplo, a Revolta da Vacina, tornou obrigatória a vacinação dos cidadãos, que desconfiados e revoltados, causaram tumultos nas ruas do Rio de Janeiro. Dessa maneira, mais do que obrigar, é necessário conscientizar sobre a importância da vacinação.   Contudo, o Programa Nacional de Imunização (PNI) tornou obrigatória a vacinação de crianças e adolescentes, os pais que faltarem com tais obrigações sofrem acusação de negligência. Ainda assim, os chamados "grupos antivacinais" ganham força nas redes sociais, usando de argumentos difundidos por "blogs" que carecem de respaldo científico.    Ademais, tais "blogs" sensacionalistas influem o medo nas camadas  sociais desprovidas de informação oficial, pois alegam que as vacinas são causadoras de diversas doenças. Para o sociólogo Stanley Cohen, tal uso da mídia e meios de comunicação como ferramenta de terror, é chamado de "Pânico Moral".     Além disso, os surtos de sarampo e caxumba, servem para ilustrar que a imunização previne, desde que ocorra. Inclusive, a Vigilância em Saúde do Amazonas ressaltou a necessidade da vacinação para os estados do norte, uma vez que, o fluxo de imigrantes venezuelanos desvacinados pode agravar a situação.    Diante dos fatos supracitados, seria interessante a manutenção da atual lei. Porém, o Programa Nacional de Imunização poderia, por meio de veículos oficiais, tais como: redes sociais, jornais e televisão, expor dados científicos que comprovem a segurança e importância da vacinação. Por consequência, combatendo as falsas informações e conscientizando a população acerca da prevenção de doenças evitadas por vacinas.