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Enviada em: 07/08/2018

Em 1904, no Rio de Janeiro, um motim popular protestava contra a aplicação da vacina anti-varíola. Mais de um século se passou e mesmo com todas as conquistas na erradicação de doenças e com uma maior difusão do conhecimento entre as pessoas, observa-se o surgimento de grupos que se manifestam contra esse tipo de imunização, o que se transfigura como um problema de saúde pública.     Primordialmente, deve-se considerar que os argumentos utilizados por quem defende o movimento anti-vacina não tem base científica comprovada. A difusão de fake news na internet influencia muitas pessoas que mesmo sabendo dos benefícios trazidos pela imunização, acreditam que os efeitos colaterais podem ser piores. A exemplo disso, pode-se citar o caso do médico Andrew Wakefield que, com base em interesses econômicos, publicou um estudo forjado que associava a vacina do sarampo ao autismo e que mesmo após a comprovação da fraude, continua influenciando as pessoas.     Em decorrência disso criam-se grupos de pessoas que se tornam suscetíveis e que podem servir de vetor na transmissão de doenças. nesse sentido, é importante questionar até que ponto de ir o direito de escolha, uma vez que a partir do momento em que as escolhas pessoais de alguém colocam em risco a vida de outras, a vacinação se torna algo maior que uma escolha pessoal. Isso deve-se ao fato de que existem grupos que não podem ser imunizados, seja por motivações etárias ou por comprometimentos imunológicos, e que correm um risco maior de serem contaminadas caso aqueles que mantenham contato escolham não se vacinar.    Conclui-se, portanto que medidas devem ser tomadas para evitar a difusão de doenças que podem ser prevenidas. Desse modo, o Ministério de Saúde deve promover o aumento do número de cidadãos vacinados, por meio de campanhas de conscientização que desmistifiquem as notícias falsas e esclareçam as dúvidas da população a respeito das vacinas, visando evitar a difusão dos argumentos utilizados pelos movimentos anti-vacina. Além disso, cabe ao governo a imposição de restrições àqueles que escolherem não se vacinar, uma vez que a opção deles não pode por em risco a vida de outras pessoas.