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Enviada em: 13/08/2018

No ano de 1904 ocorreu no Brasil a revolta da vacina. Esse episódio foi caracterizado pela aversão da camada popular do Rio De Janeiro á campanha de vacinação obrigatória imposta pelo governo. Essas pessoas alegavam que as vacinas eram um meio de "extermínio em massa" praticado pelos governantes. Atualmente, mais de um século depois, o problema acerca da vacinação reparece na sociedade brasileira, uma vez que doenças já erradicadas voltam a incidir no país. Nesse contexto, deve-se analisar a viabilidade da imunização da população tornar-se obrigatória.   Primeiramente, deve-se observar o papel do governo nessa situação. Apesar do grande investimento feito pelo sistema único de saúde (SUS) em proporcionar vacinas gratuitas á população, pouco se investe em explicar a importância das mesmas para a saúde e o bem estar da população. Segundo o pensador Nelson Mandela "a educação é a arma mais poderosa que alguém pode usar para mudar o mundo" dessa forma, para modificar a opinião da sociedade brasileira frente á vacinação, é imprescindível uma maior divulgação de informações sobre campanhas de imunização, destruindo assim os incontáveis mitos enraizados no país relativos a esse assunto.   Ademais, o crescimento do movimento dos antivacina tem contribuído para o cenário atual. Esse movimento surgiu na Europa e apesar de não ter uma base científica confiável, vem ganhando força no Brasil. Os adeptos dessa organização evitam a vacinação de crianças por exemplo, por considerá-las saudáveis, ou por temer reações adversas. Essa decisão individual de não vacinar os filhos, acaba contribuindo para aumentar o número de pessoas suscetíveis a adquirir doenças transmissíveis como por exemplo sarampo, patologia já erradicada , mas que voltou a incidir no país, e segundo o ministério da saúde já foram confirmados 822 casos da doença.   Fica claro, portanto, a urgência em resolver o problema da vacinação no Brasil. Para isso, não é necessário tornar a vacinação obrigatória, mais sim educar e conscientizar a população para recebê-la. Para isso, é preciso que o ministério da saúde evidencie, por meio de palestras e debates a importância da vacinação e seu importante papel na erradicação de doenças, e proteção da população contra epidemias, explicando detalhadamente o processo de imunização, deixando explicito que há mais prós que contras nesse processo. Esse ministério, em parceria com a mídia, também deve inserir comerciais e campanhas como a do zé gotinha nas programações, falando sobre a segurança das vacinas e o quão são raros os casos de reações adversas das mesmas, assim  os pais cientes de todos os benefícios para suas crianças, voltarão a vaciná-las.