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Enviada em: 28/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a questão da vacinação, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática. Tal problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, no que diz respeito as pessoas que tiveram acesso a escolas de qualidade e às melhores fontes de informação, acreditando piamente nos malefícios da vacinação. Nesse sentido, convém analisar a postura dos movimentos anti-vacina na sociedade.   É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo Dráuzio Varella, respeitável médico brasileiro, diz em um de seus artigos voltados à esta questão: "Os argumentos para justificar suas crenças contradizem as evidências científicas mais elementares."    Dessa forma, é rompida a harmonia proposta por Aristóteles, que acreditava numa sociedade com equilíbrio por meio de ações justas. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, pessoas em prol dos movimentos anti-vacina rompem essa harmonia, haja vista que, no século XXI, com o crescimento dos recursos para obter informação, a internet acaba ultrapassando a confiança até mesmo de médicos.    Ademais, ainda em 1837, século XX, o uso da vacina passou a ser regularizado no Brasil, tornando-se o pontapé inicial para a Revolta da Vacina, pois o povo, já oprimido, não aceitava suas casas serem invadidas e ainda terem de tomar uma injeção contra sua vontade. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Segundo esse pensamento, observa-se, que a vacinação compulsória nem sempre favoreceu as populações, visto que em 1853, na Inglaterra, houve um aumento na taxa de mortalidade.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destante, o governo deve encontrar formas de tornar as vacinas mais eficazes a fim de erradicar doenças que ainda permeiam a sociedade. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate aos movimentos anti-vacina de forma que o tecido social se desprenda de certos tabus relacionados às vacinas, para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.