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Enviada em: 20/08/2019

A tendência mundial de prestígio da desinformação atingiu a área mais crítica e frágil das sociedades, a saúde. Hodiernamente, concomitante à ignorância, a onda de manipulação pós-moderna teve como consequência os surtos patológicos relacionados a doenças antes controladas, retomando o cenário da Revolta da Vacina, esta que causou uma revolta popular contra as medidas de combate às doenças tomadas pelo governo. Dessa maneira, tais fatores devem ser analisados, visando mitigar a problemática de forma eficaz.  Em primeiro plano, cabe ressaltar que a obrigatoriedade da vacinação é um projeto de bem estar coletivo que almeja o controle ou erradicação de doenças que comprometem a longevidade das sociedades. Isso pode ser notado pelo fato de que, em meados dos anos 50, a expectativa de vida dos brasileira era em torno de 45 anos, hoje, ultrapassa os 70 anos. Em síntese, a extensão do tempo de vida se deve aos avanços da medicina moderna e da indústria farmacêutica, fato que só foi possível devido aos aperfeiçoamentos feitos nos antibióticos e vacinas.   Ademais, a má formação científica da população retoma o cenário visto na antiga cidade do Rio de Janeiro. Nesse contexto, explicações rasas sobre a atuação das vacinas no corpo humano, como "vírus desativados que serão injetados em seus corpos", fazem com que uma situação de desconforto e invasão se construa, sendo semelhante as invasões realizadas às residências, para a erradicação da Febre Amarela, propostas por Oswaldo Cruz. Desse modo, o medo de possíveis efeitos colaterais assombra parte dos indivíduos, colocando em risco a meta de cobertura de 95 porcento da população vacinada.   Diante desse cenário, cabe ao Ministério da Saúde, em parceria com os veículos de comunicação, a divulgação dos processos de pesquisas por trás dos medicamentos de forma completa e didática. O Ministério da Educação deve, por sua vez, conscientizar os discentes a partir de projetos escolares de cunho científico, fazendo-os entender detalhadamente o processo de vacinação. Somente assim poderemos concluir os trabalhos de Oswaldo Cruz.