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Enviada em: 15/03/2017

Diante do atual contexto de saúde pública no Brasil, questões como o uso de vacinas e os seus consequentes impactos emergem e geram debates à cerca de seu potencial. Para tanto, é necessário analisar de modo específico cada doença em seus aspectos e, de modo imprescindível, assegurar que a integridade da população está em primeiro plano.       Bem como feito na década de 1920 pelo sanitarista Oswaldo Cruz, afim de conter o surto de uma doença a partir da vacinação obrigatória, propôs essa medida que, devido à falta ou ao restrito conhecimento da população foi recebida com resistência, porém apresentou sua expressiva efetivação posteriormente. Sendo assim, se comparado ao contexto anterior, considerando a atualidade do país, o momento no qual a ciência e o desenvolvimento na área de saúde estabelecem-se, apresenta mais possibilidades de pesquisas e precisão nos resultados, inferindo que, tratar de questões de saúde pública que possuem essa capacidade de serem prevenidas e até erradicadas a partir da vacinação devem ser assim articuladas pelo Estado. Entretanto, o debate do uso de vacinas não limita-se apenas à sua ação, mas acerca da bioética, que pressupõe veracidade nos estudos, objetivando primeiramente a vida em detrimento ao capital envolvido.      Nesse ínterim, pode-se considerar que a vacinação é total aliada à saúde pública uma vez que, como pode ser comprovado a partir da adesão do país à imunização, doenças anteriormente com proporções endêmicas hoje estão totalmente controladas e até erradicadas, dentre elas o sarampo, que ainda é uma das maiores causas de mortalidade infantil no mundo segundo a OMS. Todavia, movimentos "antivacinais" tem alterado significativamente o uso do imunizante, que através de "Hoax" - disseminação de informações falsas na internet - em muitos casos, tem gerado o negligenciamento de grupos quanto ao ato de vacinar, preocupando os órgãos responsáveis haja vista que, além de haver o risco individual, há para toda a comunidade e até para dimensões nacionais.        Depreende-se portanto que, consonante à toda a ética envolvida na produção, as vacinas devem prevalecer como questão de cunho indispensável à todo e qualquer Estado, respeitando-o social e culturalmente, afim de que, tratando-se de causas naturais que ameaçam, das quais o ser humano não detém controle, os cidadãos sejam priorizados a partir da oferta de maior cobertura vacinal possível. Logo, é importante pensar-se na obrigatoriedade legislativa de tal ato, porém, somente em conjuntura ao acesso mais democrático e otimizado das orientações cabíveis, que já se fazem através do Ministério da Saúde e, mais direcionado, pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, evitando possíveis riscos por omissão do indivíduo.