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Enviada em: 26/04/2017

No século XX, a chamada Revolta da Vacina expôs a insegurança e o medo da população brasileira quanto aos métodos de prevenção a doenças. Hodiernamente, muito se discute acerca da obrigatoriedade das vacinas, bem como sobre os malefícios associados a ela. Fatores de ordem educacional e social caracterizam o dilema da questão sanitária no país.    É importante ressaltar, de início, as falhas da educação brasileira na abordagem do tema. No Brasil, a vacina é cercada de mitos e mentiras sobre seus efeitos colaterais. Nesse sentido, a omissão das escolas e dos órgãos de saúde no problema corrobora com o receio da população em se submeter a esse processo. Tal fato pode ser ratificado pela campanha de 2014 de vacinação contra o HPV, que enfrentou grandes obstáculos relacionados à desinformação dos indivíduos.    Outrossim, tem-se os riscos ligados à abstenção de vacinas, que atingem toda a sociedade. Dado que existe uma tendência mundial contra a vacinação, toda a população se torna mais suscetível à exposição de doenças que já deveriam ter sido erradicadas, como o sarampo. Segundo a OMS, a circulação do vírus dessa enfermidade mantinha-se na Europa e África, além de que, só em São Paulo, foram contabilizados cerca de 30 casos em 2011.    É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e sociais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em parceria com os postos de saúde, orientar a população sobre a necessidade da vacinação. Tal medida pode ser realizada por meio de palestras e debates nas salas de aula e mediante a realização de campanhas na internet e nas ruas. Paralelamente, o Governo, por intermédio dos setores responsáveis, deve realizar pesquisas sobre os possíveis malefícios das vacinas. A ideia é, a partir de estudos nas universidades do país, divulgar para a sociedade as verdades e mitos sobre a vacinação. Assim, será construída uma consciência coletiva do tema, essencial para o combate às doenças.