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Enviada em: 17/02/2018

No final do ano de 1904, o governo do Rio de Janeiro enfrentou forte oposição popular à campanha de vacinação compulsória contra a varíola, proposta pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Atualmente, no sentido de tentar evitar esse tipo de movimento e ao mesmo tempo priorizar a saúde pública é importante que ocorram debates acerca da questão: a vacinação deve ser obrigatória?   Um dos motivos pelos quais algumas pessoas são contra esse tipo de imunização é a religiosidade, mesmo que minoritariamente. Isso porque, existem doutrinas em que os indivíduos acreditam que não devem mudar nada em seus corpos, pois isso vai de encontro às vontades divinas.     Apesar da questão religiosa, a falta de informações a respeito da vacinação é o fator determinante para o surgimento de grupos contra essa medida. A exemplo, tem sido divulgadas muitas notícias sobre a vacina contra febre amarela, inclusive, que essa seria, na verdade, um veneno, o que assustou parte da população, mesmo sendo uma informação falsa.   Por outro lado, apesar desses esforços insuficientes do Estado em informar toda a população, e da importância da preservação de crenças individuais, é necessário que a saúde pública, principalmente de incapazes, seja priorizada dentro desse debate. Assim sendo, sem a imunização obrigatória, doenças podem espalhar-se rapidamente, afetando crianças, por exemplo, as quais os pais não quiseram vacinar, o que vai contra o dever do governo de protegê-los.   Desse modo, fica evidente a importância da imunização tornar-se obrigatória e, além disso, da divulgação de informações verídicas acerca de tal medida pelo governo. Para isso, é necessário que o Ministério de Saúde invista em todo o tipo meio de comunicação para a veiculação desses dados, inclusive em carros de som, por exemplo. Além disso, para que a obrigatoriedade seja cumprida, principalmente tratando-se das crianças, é importante que as carteiras de vacinação completas sejam cobradas em todo o tipo de órgão público, inclusive nas escolas.