Materiais:
Enviada em: 18/02/2018

A vacinação é uma técnica milenar e remonta da China sob o nome de variolação, pois foi criada para combater a varíola. Entretanto, mesmo sendo extremamente indicada por médicos, pesquisadores e autoridades, a vacina ainda não é confiável à população em geral. O conhecimento tanto histórico quando biológico fazem-se necessários para atenuar a força do senso comum contra as verdades científicas, pois sabe-se que, de fato, maiores são os seus benefícios e baixos os índices de morte causados por essa técnica de prevenção.        A inoculação em pessoas sadias de uma cultura viral - técnica conhecida como vacina - parece ainda não vigorar para boa parte da população, o que não é fato recente. O papa Pio VII dizia que Deus não iria advogar que sua obra prima recebesse a linfa de um ser inferior, no caso a vaca. Há pouco mais de um século, no Rio de Janeiro, o correu uma série de episódios que ficou popularmente conhecida como a "revolta da vacina", movimento que opunha-se à obrigatoriedade da vacinação.       Há muitas ideias contra as vacinas. Simpatizantes do movimento antivacinas afirmam que, nas doses, há muitos males, efeitos colaterais e até riscos que são omitidos para a população. No entanto, o mestre em biologia Paulo Jubilut afirma que os males, em comparação aos benefícios, são ínfimos. Jubilut apresenta que a chance de morte numa vacina como a febre amarela, por exemplo, é de uma em quatrocentas mil, e que no trânsito de São Paulo esse número é cinquenta vezes maior.        A melhor solução para a controvérsia converge para a educação, o conhecimento, pois o seu papel é esclarecer o ser humano e, consequentemente, ampliar suas percepções e discernimento sobre o mundo e seu funcionamento. Assim, a partir da ciência dos fatos atuais e históricos agregados ao conhecimento biológico tangentes à vacinação, é possível compreender que a inoculação é o melhor caminho para a saúde humana. A obrigatoriedade da vacina ser-nos-ia imposta pelas rédeas da consciência, consciência esclarecida e apta para decidir pelo melhor.        Destarte, é fundamental que os governantes e autoridades em conjunto com o ministério da saúde busquem esclarecer a população e conscientizá-la a respeito da importância da vacina através de campanhas, palestras e eventos em espaços públicos, escolas, utilizando os meios de comunicação para propagar eficientemente as informações e contemplar todas as esferas sociais. É necessário que essa iniciativa represente as bases para um diálogo constante de tal forma que priorize sanar as dúvidas e combater a ignorância. Pois, como escreveu Paulo Freire "não existe vida sem retificação" e "ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo".