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Enviada em: 22/04/2018

Narcos é uma série norte-americana que narra a propagação da cocaína nos Estados Unidos e na Europa, através do cartel de Medellín, grupo no qual a Polícia Federal dos EUA tinha grande dificuldade em apreender. Analogamente, fora da ficção, é incontrovertível a complexibilidade de capturar traficantes e minorar o fluxo de drogas e armas em nosso país, sendo esse um dos desafios da polícia brasileira de fronteiras, não só pela extensão territorial das divisas, mas também pela falta de infraestrutura e efetivos policiais necessários para o controle das mesmas.   Não obstante, os países que fazem divisa com o Brasil, majoritariamente, estão entre os maiores produtores de narcóticos mundiais, o que soma mais de 20 mil quilômetros de nosso território permeável ao tráfico. Diante disso, urge, portanto, uma grande demanda tecnológica, visto que a modernização é um dos principais elementos auxiliares aos policiais no controle do fluxo fronteiriço, já que os mesmos necessitam de novos equipamentos para apoiá-los no domínio dessas terras. Todavia, o que se tem visto nos últimos anos é uma redução nos investimentos em tecnologia, o que intensifica a crise no combate ao tráfico.       Outrossim, a carência de agentes federais nas zonas de fronteira também se torna um dos problemas enfrentados, já que para toda essa área há somente 982 policiais- o que cobre apenas uma pequena parte das terras. É indubitável que esse número tão pequeno esteja atrelado à ascendente crise penitenciária brasileira, o que acaba, por conseguinte, agravando ainda mais a problemática. Diante disso, torna-se irremediável o aumento do número de efetivos policiais, a fim de que o revés não se aprofunde com o passar do tempo. Destarte, diante desse cenário fragilizado, é indispensável investimentos no que tange a novas tecnologias.   A União deve, portanto, aplicar maiores recursos Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), para que o mesmo disponha de aparelhos como radares e satélites, ampliando o monitoramento das zonas de fronteiras. Ademais, deve disponibilizar concursos públicos para a PF, ampliando o número de agentes, tornando maior o controle dessas áreas e, como resultado disso, minimizando o tráfico que advém das mesmas.