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Enviada em: 19/04/2018

Gregório de Matos, o “Boca do Inferno”, foi um escritor do barroco brasileiro que se destacou por sua poesia satírica, fazendo críticas a sociedade da época. Caso, os poetas contemporâneos assumissem sua estética, um tema abordado seria sobre as fronteiras do Brasil, haja vista o tráfico de drogas e armas que são responsáveis diretos pela grave crise de violência do país. Assim, é necessário analisar os motivos que impedem a efetiva fiscalização da polícia, a fim de propor soluções para reverter o quadro.       Vale abordar, antes de tudo, que o principal desafio está relacionado a grande extensão do território aliado ao baixo número de policiais. O Brasil é o quinto maior país do mundo e em consequência disso faz fronteira com dez nações, em que estão inclusos: Bolívia, Colômbia e Paraguai. Esses três são os grandes produtores e exportadores de drogas e armas para os estados brasileiros, principalmente, Rio de Janeiro e São Paulo. Como o policiamento na fronteira não é efetivo, a fiscalização fica sobrecarregada e perigosa para os poucos oficiais em serviço. Desse modo, a ação dos traficantes é facilitada, e seus produtos ilegais acabam, infelizmente, abastecendo o crime organizado e estes são responsáveis por milhões de mortes todos os anos na Terra Tupiniquim.      Além disso, ocorre a má gestão do dinheiro público direcionado a essa área que deveria ser melhor empregado para a tecnologia. O uso de satélites, sensores, radares, drones e quaisquer outros instrumentos seria de suma importância, pois em uma sala um pequeno número de agentes controlaria grandes faixas de terra. No entanto, as autoridades responsáveis investem em programas que não foram devidamente planejados e o resultado é o consumo do dinheiro e a permanência dos problemas. Prova disso, são os gastos do exército no sistema Sisfron que em 2014 já havia gasto mais de 1,2 bilhões de reais, segundo dados do jornal O Globo.      Portanto, conhecido os principais empecilhos, medidas devem ser adotadas para a segurança brasileira ser de fato eficiente. O primeiro passo, seria o recém criado Ministério da Segurança Pública analisar, contatar e pedir orientações a países que passam pelo mesmo problema e obtém certo excito na fiscalização das fronteiras, por exemplo, os Estados Unidos. Deveria ser enviados agentes brasileiros para ver como funciona a tecnologia, o número de policias que atuam por área, regime de trabalho e até mesmo o sistema de detenção. Isso seria importante para diminuir gastos e daria um rumo ao policiamento brasileiro, evitando a crítica dos “Bocas do Inferno” contemporâneos.