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Enviada em: 22/04/2018

Estratégias inteligentes e bem articuladas        De acordo com o filósofo inglês, Thomas Hobbes, somente um Estado forte é capaz de manter o equilíbrio social. Desse modo, a combate ao narcotráfico pela Polícia Federal Brasileira visa manter a ordem, impedindo a entrada de drogas e armamentos contrabandeados no país. No entanto, os policiais encontram diversos desafios à sua atuação, como o baixo número de agentes treinados atuando e o limitado uso de tecnologias em favor de uma abordagem mais efetiva por parte da polícia.       O número de agentes da Polícia Federal que atualmente protegem as fronteiras do narcotráfico é ínfimo. Cerca de 98 policiais trabalham numa área de 17mil quilômetros terrestres e 7 mil quilômetros marítimos, uma quantidade extremamente pequena se comparada, por exemplo, a fronteira dos Estados Unidos com o México, que possui apenas 3.141 quilômetros de extensão e é intensamente vigiada. A fim de otimizar o combate ao tráfico de armas e drogas, o GOF, Grupo de Operação de Fronteiras, foi criado no ano de 2012. Porém, ainda não tem sido o suficiente, pois apesar das estratégias inteligentes e bem articuladas da polícia, como camuflagem e abordagem marítima, a atuação dos agentes Federais é extremamente limitada pela quantidade de servidores nos limites territoriais brasileiros.        Além do pequeno número de policiais atuantes nas fronteiras, o general Fernando Azevedo afirma que a ampliação do uso de tecnologias é extremamente necessário no monitoramento dos limites territoriais. Pensando nisso, foi criado o Sistema Integrado de Monitoramento das fronteiras, o Sisfon, que cobre apenas 4% das fronteiras nacionais, um número bastante reduzido e que deixa margem para diversas atuações de facções ligadas ao tráfico de drogas.        Pode-se dizer, portanto, que o pequeno número de policiais federais e o limitado uso de tecnologias são desafios enfrentados pela polícia de fronteira. Desse modo, é necessário que haja investimento do Governo Federal no treinamento de novos policiais para atuarem nas fronteiras, a fim de otimizar o trabalho que já é executado. Além disso, o Ministério de Tecnologia, Informação e Comunicação deve intensificar o investimento de tecnologias para aumentar o monitoramento nas áreas das fronteiras, a fim de corroborar com o trabalho policial. Afinal, o combate ao crime organizado exige estratégias inteligentes e bem articuladas.