Materiais:
Enviada em: 20/04/2018

É indubitável que o Brasil tem uma vasta extensão de fronteiras e, consequentemente, isso exige um tratamento diferenciado em relação à outras regiões do território. Diante desse quadro, no plano de segurança, a polícia vive diversos desafios no que tange os fluxos ilegais de drogas e as organizações criminosas, além do fato de tais fronteiras serem multifacetadas.Nesse sentido, é necessário que exista uma avaliação da gestão para que os desafios sejam minimizados.   A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se ao Estado, que atua com as classes dominantes negligenciando as necessidades de mudanças no que se refere a segurança pública.Sob essa conjectura, observando o tamanho do país e a diversidade geográfica pode-se concluir que, apenas uma estratégia não funciona e as ações policiais precisam estar em conjunto com a tecnologia. Somente dessa maneira, os fluxos de drogas e armas serão impedidos de chegar às cidades, minimizando a geração de renda das classes dominantes e desenraizando seus interesses.    Outrossim, vale ressaltar que a voz dos policiais é importante para que a situação seja revertida.Segundo o professor Nick Couldry, um dos principais problemas do mundo contemporâneo é a desigualdade da fala. Partindo desse pensamento, é necessário que aqueles que atuam e conhecem regiões de fronteira possam estudar maneiras efetivas de intervir.É evidente que a repressão não funciona  e o combate aos desafios precisa ir além do exercício dos policiais, incluindo serviços sociais e apoio da população local.Sendo assim, a voz concomitantemente com a experiência poderão ser a base para que a problemática tenha novas condições de resolução.      Diante dos fatos supracitados, faz-se necessária a participação da população e do zelo por parte do Estado. O Ministério da Justiça deve estudar cada fronteira com suas características junto com os policiais, capacitando os profissionais para além da repressão, debatendo meios de combater o tráfico.Paralelamente, o Ministério da Educação deve promover campanhas que valorizem a vida e a ajuda profissional para aqueles que dependem das drogas e os cidadãos envolvidos com os crimes, ampliando o assunto por meio de campanhas na internet que possam amplificar para além do senso comum, promovendo o interesse da nação acerca do problema. Assim, todos usarão do direito a voz para minimizar os desafios existentes.