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Enviada em: 22/04/2018

A fronteira do México com os EUA, apesar da intensa vigília, ainda sofre com o narcotráfico. Analogamente, o Brasil sente o triplo do impacto por esse mal, uma vez que faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo (Colômbia, Peru e Bolívia), surgindo assim grandes desafios para os policiais de fronteira, como o pequeno número de profissionais quando comparado à extensão fronteiriça, e à falta de investimento em tecnologia.       Essa carência de profissionais está intrinsecamente ligada à diversos fatores, desde as más condições de trabalho, até o baixo piso salarial. Devido à falta de estrutura adequada para a segurança dos policiais e o alto poderio bélico dos traficantes, o perigo o qual é exposto o trabalho policial não equivale ao piso salarial lhes oferecido, como por exemplo as áreas que fazem fronteira com o Paraguai, as quais possuem uma vegetação de floresta tropical de várzea, com plantações de alto porte, pouca iluminação à noite, e altos riscos de cair em emboscadas.       No entanto, é inegável que apenas policiais possam conter sozinhos o tráfico nas regiões fronteiriças, havendo a necessidade do uso de tecnologias. Uma das maiores vantagens do século XXI é o avanço tecnológico e a facilidade do seu acesso, não obstante, ainda há uma considerável deficiência no número de equipamentos tecnológicos para o controle das fronteiras brasileiras, considerando sua vasta extensão de aproximadamente 1700 km, e os caminhos ocultos utilizados pelos traficantes, sem mencionar as áreas que ficam fora do controle policial.       Haja visto o assunto previamente apresentado, é inegável que a policia de fronteira brasileira enfrenta sérios desafios. Logo, bom seria que o seu trabalho fosse mais valorizado pelo Ministério da Justiça, aumentando assim o piso salarial desses profissionais, e em aliança com a Superintendência da Polícia Federal, melhorasse as condições de trabalho, para que um maior número de pessoas e interessassem pela profissão, que o Governo Federal investisse em tecnologia como radares, sensores e satélites, a fim de aumentar a cobertura do Sisfron (Sistema integrado de monitoramento de fronteiras), nas fronteiras nacionais, auxiliando o trabalho policial, e dessa forma conseguir diminuir ao máximo o tráfico oriundo dos países vizinhos.