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Enviada em: 18/04/2018

O Brasil possui uma grande extensão territorial devido ao Tratado de Madri em 1750. Esse acordo, entre Espanha e Portugal, definiu a posse de terras para quem de fato as ocupassem. Tal realidade, apesar de trazer benefícios como as grandes riquezas naturais, acarretou obstáculos na fiscalização dos limites territoriais pela Polícia Federal. Além da magnitude das fronteiras, enfrenta dificuldades para executar projetos que impedem a entrada de drogas e armas. Isso resulta na persistência do crime organizado.       Ao analisar as divisas brasileiras é possível constatar que o país possui 809 km de fronteira com a Colômbia, 2610 km com a Bolívia e 2995 km com o Peru. O problema é que esses países são os maiores produtores de drogas no mundo, segundo o diretor do combate ao crime organizado Oslain Santana. Essa realidade aliada aos diversos tipos de florestas, rios e lagos na fronteira facilita a entrada e a fuga dos traficantes no Brasil.        Outra adversidade são os desafios enfrentados no estabelecimento de projetos pela Polícia Federal. Um exemplo disso é a implantação da Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Tal tecnologia auxilia o trabalho dos policiais, pois  monitora as fronteiras que não possuem segurança. Porém, ocupa apenas 4% de extensão e o governo alega falta de verbas para terminá-lo.       Por consequência, as facções criminosas criminosas do Brasil associam-se aos países vizinhos e compram drogas e armamentos. Segundo o analista criminal Guaracy Mingarde, as armas usadas em grandes assaltos são provenientes do exército antigo boliviano. Além disso, os traficantes da Bolívia forneciam apenas para São Paulo 70 kg de cocaína por mês.        Visando reduzir a entrada de traficantes com armas e drogas no país, é preciso que o poder Executivo libere verbas para a policia federal terminar a Sisfron para auxiliar nas ações de apresamento de drogas. É preciso, também que o Ministério da Defesa desenvolva de forma eficaz os projetos já previstos como a criação de bases de fronteira com patrulhamento aéreo e o projeto de perfil Químico das Drogas para saberem de onde vem e quem é o fornecedor. Outrossim, é necessário que o presidente faça novos acordos com os países vizinhos com o intuito de aumentar a atuação das forças de segurança como prender os traficantes na parte que pertence o país vizinho.