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Enviada em: 19/04/2018

Nas décadas de 70,80 e 90, Pablo Escobar utilizou diversas estratégias para atravessar as fronteiras com contrabando. Infelizmente, no Brasil, essas investidas continuam sendo utilizadas, principalmente por três motivos: o baixo efetivo policial, a pouca ajuda dos países vizinhos e a flexibilidade das leis.    Segundo Oslain Campos Santana, diretor do Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, o país dispõe de 982 policiais para patrulhar as fronteiras. Esse número chega a ser cômico, pois é impossível fiscalizar uma área que passa dos 16.000 km com menos de mil homens. A fronteira entre Estados Unidos e México tem pouco mais de 3.000 km e conta com, no mínimo, o dobro dos patrulheiros brasileiros.    Dificultando ainda mais o combate, Colômbia, Peru e Bolívia, que são os maiores produtores de cocaína do planeta, investem muito pouco no monitoramento de suas fronteiras. A consequência disso é percebida facilmente na reportagem exibida pela emissora RECORD, onde os contrabandistas voltam para o lado da fronteira de sua nação, assim evitando a prisão.    Complicando ainda mais essa situação, existe a flexibilidade das leis no código penal brasileiro. Mesmo efetuando prisão, o  tempo recluso chega no máximo a 15 anos e com possibilidade de redução. Na comparação entre dias preso e valor obtido na transação, uma boa quantia parece ser mais vantajoso para eles.    Uma parceria entre os países envolvendo tecnologia e treinamento tático para os guardas de ambas as fronteiras,deve ser incentivada pelo governo visando uma melhor comunicação entre as nações. Outra importante decisão seria juntar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o corpo de magistrado para discutir a flexibilidade atual das leis de contrabando. Por fim, o acréscimo de patrulheiros, deve ser encarado como prioridade pelos governantes caso contrário, dificilmente se obterá algum êxito.