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Enviada em: 21/04/2018

Pode-se destacar dois aspectos relacionados aos desafios da polícia de fronteira no Brasil: o empenho do reduzido número de agentes policiais na vigilância de áreas com dimensões continentais, bem como o pouco envolvimento governamental.       No que se refere ao empenho do reduzido quantitativo de agentes policiais atuantes nas fronteiras, admite-se afirmar que esses homens arriscam as próprias vidas - tal como em um suicídio altruísta explicado pelo sociólogo francês Emile Durkheim - na tentativa de coibir o narcotráfico em condições ambientais desfavoráveis e tecnologia limitada para preservar a sociedade logo evitar o aumento da criminalidade, consequentemente crise do sistema penitenciário, associado à venda e uso de drogas.        Relativo ao pouco envolvimento do governo, percebe-se a ausência de incentivo para recursos humanos e financeiros contínuos e bem direcionados os quais possam dar subsídio tecnológico à melhor proteção assim como monitoramento terrestre, aéreo e marítimo das fronteiras. Permite-se dizer, ainda, que o insuficiente comprometimento governamental se encontra na escassez de diálogo com países fronteiriços, dentre eles Bolívia, Colômbia e Paraguai.       Para que haja repressão ao tráfico de entorpecentes nas fronteiras brasileiras, bem como de armas e outros produtos ilegais, urge a necessidade de maior proximidade diplomática com os países vizinhos por meio de políticas de fronteiras articuladas as quais levem em consideração as diferenças regionais entre as instituições limítrofes. Somado a isso, se faz fundamental o apoio financeiro do governo brasileiro para a inserção de equipamentos, radares e satélites, os quais proporcionem atuação consistente da polícia federal ou polícia de fronteira, devendo esta, atuar também, em conjunto com outras forças de segurança pública, além do auxílio dos ministérios do transporte, urbanização e meio ambiente.