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Enviada em: 20/04/2018

O controle policial nas regiões que fazem divisão com outros países, principalmente Colômbia, Peru e Bolívia, torna-se desafiador devido a desproporcionalidade de agentes de segurança, haja vista a intensa circulação de entorpecentes entre os territórios, de acordo com a Polícia Federal (PF). A partir desse cenário, valida-se a discussão acerca da proteção dos limites nacionais como amplamente negligenciado pelo Poder Público, o qual é responsável por dificultar a resolução da problemática da insegurança fronteiriça.        A priori, o ínfimo investimento na segurança do país também se reflete na proteção às fronteiras do mesmo. Segundo dados da PF, quase 25000 km de extensão de fronteira são protegidos por menos de 1000 policiais e, além da defasagem de oficiais, estes são desprovidos de sistemas de monitoramento e rastreamento atualizados, corroborando a situação inadequada e ineficiente do sistema, acarretando em embargos para o controle do tráfico. Dessa forma, o trabalho das forças de segurança compromete-se, permitindo a entrada de drogas nas terras tupiniquins e aumentando a violência nas linhas de divisão entre os países Sul-americanos.       Em consequência disso, as tropas de patrulhamento encontram inúmeras dificuldades para o êxito em suas ações protetivas. Um exemplo disso é a difícil captura de quem tenta se inserir no território brasileiro portando cargas de drogas por meio da ultrapassagem dos rios que separam os países comprometidos, devido a quantidade reduzida de policiais que se divide entre o monitoramento terrestre e aquático das delimitações da fronteira. Assim, quando a segurança das fronteiras é subestimada, tornando ainda mais distante o combate ao crime de tráfico de drogas existente no Brasil.        Diante dos fatos supracitados, faz-se importante que o Governo seda fundos monetários voltados à melhoria nas condições de proteção fronteiriças, por intermédio de abertura de concursos públicos visando a contratação de mais policiais, objetivando suprir a demanda de áreas de delimitação territorial afetadas pela criminalidade de entorpecentes. Ademais, com o intuito de tornar mais prático e eficaz o trabalho de segurança, do Poder Público deve direcionar parte de seus investimentos em aquisição de equipamentos tecnológicos de rastreamento, monitoramento, transmissão e mapeamento de dados. Somente assim, os desafios encontrados diariamente pela polícia de fronteiras do país serão sanados e a proteção dessas divisórias será efetivada.