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Enviada em: 23/04/2018

A membrana plasmática é uma estrutura celular de extrema importância, por delimitar a célula e separar o que está dentro do que está fora, sua principal função consiste em controlar a entrada e saída de substâncias do meio celular. Quando analisamos um país, vemos que a membrana plasmática é análoga à sua fronteira pois estabelece os limites onde acaba um território e começa outro. E, portanto, é necessário que haja estruturas eficazes em controlar o que é importado ou exportado dele a fim de que se mantenha seu bom funcionamento.      O Brasil é um país com extensa fronteira- cerca de 17 km terrestre e 7,4 km de costa marítima- e isso dificulta um controle eficaz por por parte da polícia federal fronteiriça. Também há agravantes devido ao número relativamente pequeno de agentes, e ao fato de que o Brasil faz fronteira com três dos maiores produtores de cocaína do mundo (Colômbia, Peru e Bolívia) e com o Paraguai de onde vem intenso tráfico de maconha.    Considerando esse fatores, em 2012 foi criado o Sinfran (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) visando a integração de radares, sensores e satélites. Buscando, através da tenologia, facilitar a administração dos limites do território brasileiro. Porém, devido ao alto custo e consequentes cortes no orçamento, esse projeto monitora apenas 4% das fronteiras brasileiras, deixando a maior parte vulnerável às ações de traficantes.       Portanto, fica explícita a necessidade de maiores investimentos em tecnologia de monitoramento, à começar pela recuperação do orçamento voltado ao Sinfran. É importante também que haja melhorias nos equipamentos da polícia de fronteira e aumento no número de agentes atuando, sendo necessária a abertura de concursos da Polícia Federal voltados à esses cargos. E, por fim, através de meios midiáticos, incentivar à população fronteiriça à denunciar caso saiba de alguma operação de tráfico, mesmo que de maneira anônima, para que haja maior eficácia nas ações policiais nesses casos.