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Enviada em: 22/04/2018

Na série Narcos, exibida na Netflix, é intensamente explorada a entrada de drogas nos Estados Unidos entre as décadas de 70,80 e 90, em virtude da fragilidade da sua fronteira com o México. Nesse contexto, atualmente o Brasil enfrenta problemas semelhantes em razão da precariedade da segurança nas fronteiras, fato que permite a entrada de armas e drogas no país, também facilitando o crescimento de organizações criminosas. Diante disso, pode-se mencionar que dois dos principais motivos para essa problemática é a falta de planejamento e a não integração entre os diferentes órgãos de segurança.    Em uma primeira análise, é notório a ausência de projetos realmente eficientes que busquem melhorar o policiamento nas divisas do país tupiniquim . Nesse sentido, em 2012 foi lançado como uma grande aposta o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), mas que seis anos depois estima-se que tal projeto tenha consumido mais de 1 bilhão de reais e sendo implementado em apenas 4% das fronteiras. Ademais, o enfraquecimento dessas divisas  em razão de projetos que se tornaram ineficazes são os maiores aliados do contrabando e o tráfico de drogas como também o crescimento de organizações criminosas entre os países fronteiriços.       Em uma segunda análise, é perceptível que a falta de integração entre as forças de segurança acaba por prejudicar ainda mais a frágil fiscalização nas fronteiras. Nesse aspecto, o trabalho de prevenção e investigação se tornam praticamente impossíveis sem uma ação coordenada dos órgãos que poderiam fazer uma fiscalização direcionada ao monitoramento e controle das fronteiras. Além disso, a maioria das drogas que passam pelas divisas são destinadas para outros estados de regiões diferentes, principalmente para o sudeste, fator que necessita de maiores forças de inteligência e comunicação coordenas, buscando atuar com ações conjuntas para o combate ao tráfico sempre com uma maior atenção direcionada para a venda e para o transportes desses entorpecentes objetivando a desarticulação desses grupos criminosos.         Fica claro, portanto, que é indiscutível a necessidade do fortalecimento da segurança nas fronteiras como forma de combater o tráfico de drogas no Brasil e garantir a soberania do país. Cabe ao novo Ministério da segurança pública criar um plano nacional de segurança que busque integrar as diferentes forças policias tanto federais como estaduais, a fim de uma fiscalização e investigação eficiente dos possíveis casos de drogas e contrabando. O governo federal deve procurar investir mais em tecnologia, como aquisição de satélites para monitoramento assim como equipar os policiais e fiscais. Assim a soberania do Brasil estaria assegurada com as fronteiras devidamente protegidas.