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Enviada em: 21/04/2018

O Brasil como Estado-Nação tem se mostrado ineficiente em relação ao policiamento de suas fronteiras, admitindo, muitas vezes, a ocorrência de poder paralelo ao longo delas. De fato, devido as dimensões continentais do Brasil, com fronteiras extensas e coberta por floresta em muitos pontos, a fiscalização é bastante dificultada. No entanto, é a falta de investimentos e assistência em segurança que mais deixam as fronteiras nacionais vulneráveis.     A partir do século XV, com início da idade moderna, foi criado a ideia de Estado-Nacional. Uma das principais características desse Estado era ter fronteiras relativamente delimitadas e bem vigiadas, de modo que fossem respeitadas por outros estados. Atualmente, a nível de Brasil, o governo do mesmo não tem dado a devida importância as regiões fronteiriças, deixando a polícia incumbida de fiscaliza-las em condições de trabalho precárias e, sobretudo, arcaicas. É devido a essa conjuntura que o trabalho de quadrilhas e traficantes (que não deixam de exercer seus poderes) se torna tão eficiente, comprometendo, dessa forma, a soberania do país.     Foi também durante a idade moderna que os filósofos contratualistas como Thomas Hobbes, John Locke e principalmente Jean-Jacques Rousseau, criaram a teoria de contrato social. Nessa perspectiva, os indivíduos entregariam sua liberdade ao Estado em troca, entre outras coisas, de proteção e consequente promoção de bem-estar social. Essas bases reforçam a democracia de muitos países, inclusive do Brasil. Desse modo, quando o país não investe em proteção; sobretudo de suas fronteiras, deixando seus vigilantes em condições mínimas para proteger o território, põe não só a população como os próprios policiais em descaso.     Verifica-se, assim, que o Estado brasileiro deve se comprometer mais com investimentos no policiamento das fronteiras. Esses investimentos devem incluir melhor treinamentos dos policiais, permitindo que os mesmos apliquem estratégias de fiscalização e apreensão de contrabando, por exemplo. É necessário também a inclusão de equipamentos modernos, como câmeras especiais e uso mais intenso de drones e também de cães farejadores. Além disso, é necessário aumentar o número de policiais em regiões de fluxo mais intenso entre os países.