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Enviada em: 27/04/2018

"O limite para uma guerra entre limites"      O Brasil faz divisa com os três maiores produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia e, por essa razão, a luta árdua da Polícia Federal para combater o tráfico internacional de drogas e armas torna-se cada vez mais necessária. Nesse sentido, avalia-se que o aumento significativo da violência em algumas cidades brasileiras tem como maior causa a "guerra de fronteira" entre facções e, no intento de acabar com atividades ilegais, a polícia enfrenta duros desafios - a exemplo da grande demanda tecnológica para atuar nessas áreas.      Sob essa abordagem, é prudente discutir acerca dos alarmantes índices de violência e homicídios em cidades brasileiras fronteiriças em decorrência de guerras entre facções criminosas de países vizinhos. Nesse viés, destaca-se, como exemplo, o caso do município de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o qual faz divisa com o Paraguai e apresenta taxas absurdas de assassinatos - de acordo com documentário apresentado pelo Fantástico, são 48 mortes para cada 100 mil habitantes, valor maior que o do Rio de Janeiro e São Paulo. Trata-se, portanto, de um verdadeiro campo de batalha, onde, lamentavelmente, os vitoriosos são, em sua maioria, traficantes e assassinos.    Ademais, convém salientar a necessidade considerável de aparatos tecnológicos enfrentada pela Polícia Federal em sua jornada de combate ao tráfico de drogas e armamentos nas áreas de limites territoriais. Com efeito, são milhares de quilômetros a serem monitorados diariamente e, como mencionado pelo general chefe de Estado-maior do Exército brasileiro, para além da demanda por profissionais para atuarem nesses locais, é urgente a ampliação nos sistemas de monitoramento, tais como sensores, radares e satélites, como também a aquisição de helicópteros e outros transportes. Tal realidade reflete, pois, a carência por um Estado ainda mais presente e assegurador da ordem e segurança pública, sob o pretexto de cumprir o contrato social - assim como abordado pelo filósofo contratualista Thomas Hobbes em sua obra "Leviatã".       Frente a esse dilema, urge, por conseguinte, a atuação da Polícia Militar dos respectivos municípios que fazem fronteira com países como Paraguai e Colômbia em relação a um controle nos altos índices de violência, por meio da apreensão de drogas e armas, como também pela prisão de traficantes brasileiros e assassinos, a fim de assegurar maior estabilidade e segurança pública para população. Além disso, é imprescindível a atuação do Ministério de Justiça, por intermédio do provimento de mais verbas destinadas para investimentos em tecnologia, com o intuito de facilitar o trabalho realizado pela Polícia Federal e combater essa "guerra entre limites".