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Enviada em: 20/04/2018

A defesa de fronteiras é uma atividade desenvolvida desde a formação das mais primitivas sociedades. Inicialmente com a finalidade de proteger o território de invasões, hoje prioriza impedir a passagem, principalmente, de produtos ilegais. No Brasil, esse desafio se torna ainda mais denso devido a extensa área limítrofe e a grande diversidade de insumos capazes de atravessá-la. Torna-se evidente, dessa forma, que recursos eficazes da polícia e a colaboração de grupos da sociedade são fundamentais para essa função.  É preciso destacar, antes de tudo, que a falta de recursos humanos e tecnológicos são fatores  que impedem uma manutenção adequada da vigilância das áreas de fronteira.  Com um efetivo reduzido  de policiais federais, responsáveis legais pelo patrulhamento dessas áreas, e com um número mínimo de dispositivos eletrônicos disponíveis, a segurança nas divisas nacionais fica comprometida de tal forma que diversos produtos entram e são distribuídos no país. Dentre os principais, drogas e armas que fortalecem grupos e facções criminosas, elevando os números de casos de violência, diariamente noticiados pela mídia. Além do trabalho da polícia, é relevante discutir o papel da população como colaboradora das instituições estatais. Como participantes ativos da comunidade, os moradores de regiões limítrofes, muitas das vezes tem a percepção e o acesso a informação acerca de movimentações clandestinas. No entanto, seja por não contarem com um local adequado para realizar a denúncia seja por medo das organizações criminosas, que podem aplicar severas punições a esses indivíduos, se calam, proporcionando a passagem de cargas com conteúdo ilícito. Sendo assim, para que os desafios do policiamento de divisas sejam amenizados, investimentos públicos e a conduta cidadã devem ser estimuladas. Para que isso ocorra, o Ministério da Segurança Pública deve realizar parcerias com outras instituições de defesa, tanto no Brasil, como as Forças Armadas, quanto internacionais, visando não só a incorporação de profissionais mas também a transferência de tecnologia. Para que a população exerça com segurança seu papel de cidadão, é indispensável a criação de programas de proteção aos denunciantes além de canais que garantam seu anonimato. Com todas essas ações implementadas a defesa das fronteiras brasileiras tende a ser mais eficaz e a segurança do país fortalecida.