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Enviada em: 20/04/2018

A vulnerabilidade da extensa faixa de fronteira é um grande problema de segurança pública para o Brasil. Dentre os países com os quais faz divisa estão a Colômbia, o Peru e a Bolívia, grandes produtores de cocaína. Grande parte das armas e drogas que abastecem as organizações criminosas entra no país de forma ilícita. A consequência disso, é a violência crescente nas grandes cidades. Cenário que pode ser minimizado por meio de investimento em recursos humanos e tecnológicos.       A intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018 mostra o tamanho do problema causado pela deficiência do policiamento nos limites com as nações vizinhas. Muitas dessas áreas são cobertas por floresta, são montanhosa ou possuem acesso fluvial, o que dificulta a defesa do território. Além disso, o atraso socioeconômico dos municípios limítrofes e o baixo contingente policial reforçam as dificuldades para coibir o tráfico.       Não basta, contudo, reforço humano sem a incorporação da tecnologia. A presença do Estado nas divisas, por não utilizar meios diversificados o suficiente, como drones e informantes locais, não tem sido capaz de identificar as pistas de pouso clandestinas, os depósitos de armas e as plantações de maconha. Pode-se, dessa forma, concluir que as facções criminosas têm demonstrado mais habilidade na região que o governo.       Para que se aumente, enfim, a segurança nas fronteiras brasileiras, urge um esforço do Ministério da Defesa para a modernização dos equipamento e capacitação dos profissionais, por meio de parceiras com órgão internacionais, como a firmada com os Estados Unidos para os Jogos Olímpicos de 2016. Assim, as Polícias Federal e Rodoviária terão qualificações para desenvolver um trabalho investigativo a partir de informações de inteligência que previnam ações na área. Ademais, é imprescindível, para maior eficiência, que as estratégias sejam conjuntas com os países fronteiriços.