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Enviada em: 25/04/2018

No Brasil a polícia de fronteira, bem como as demais, enfrentam inúmeras dificuldades em decorrência de lapsos em nossa estruturação social. Primeiramente, notamos a falha na equação entre a grande extensão territorial de nosso país para o insuficiente contingente policial. Outrossim, podemos observar que as características geográficas e climáticas, das principais regiões fronteiriças utilizadas para contrabandos, contribuem negativamente para o policiamento.   Inicialmente, observasse a gritante falta de investimento governamental destinado a contratação de agentes fiscalizadores de fronteira. O Brasil conta com 16.886 km de fronteira terrestre e 7.408 km de costa marítima, sendo fiscalizados por um contingente de menos de mil policiais, o que torna humanamente impossível o monitoramento adequado. Diante desta lacuna, os governos de todas as esferas do país têm de lidar com os infortúnios gerados pela entrada de diversas mercadorias ilícitas, tais como drogas e armamentos e, consequentemente, com toda cascata de brutalidade decorrente da circulação destes produtos.   Ademais, as principais rotas de acesso, utilizadas pelos contrabandistas no Brasil, são zonas de mata, tendo como exemplo a floresta amazônia, as quais apresentam densa vegetação e alto índice de incidência de chuva. Por conseguinte, torna a vigilância de veras laboriosa, haja vista a dificuldade em vislumbrar em meio a mata fechada, bem como a abundância de esconderijos para os contrabandistas.   Diante destes fatos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), em parceria com os governos, poderia realizar um mapeamento, detalhado e voltado para os devidos fins investigativos, das zonas de mata e suas características individuais. Isto posto, estratégias poderiam ser traçadas e  melhor articuladas de forma adaptada às peculiaridades de cada local, assim sendo, os policiais de fronteira poderiam beneficiar-se destas informações em treinamentos específicos. Concomitantemente, o governo federal em parceria com os estaduais, das respectivas regiões de fronteira, poderiam investir na contratação de mais policiais, bem como em investigações detalhadas com a intenção de criar táticas mais elaboradas de forma à facilitar e tornar mais eficiente a atuação dos policiais de fronteira e, consequentemente, de todas as demais esferas sociais.