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Enviada em: 22/04/2018

Mesmo com o trabalho intenso dos policiais na fronteira brasileira, a entrada de drogas tem aumentado significativamente nos últimos anos, o que se torna um desafio cada vez maior. Tipificada pela violência, o tráfico de entorpecentes nas fronteiras tem suas raízes em instruções políticas e geográficas, incorporadas como legítimas, o que tem gerado cada vez mais conflitos para as populações envolvidas.                 Nessa perspectiva, pode-se dizer que o território marítimo e terrestre da fronteira conta com 24,292 km ao total, o que torna a fronteira muito grande, logo esse problema geográfico facilita a entrada de meliantes pelos rios, matas e por rotas alternativas mais facilmente. Ademais, não temos policiais suficientes para estar em todos os lugares da fronteira, pois geograficamente a fronteira além de ser muito grande tem muitos caminhos de entrada e o efetivo de agentes federais é pequeno em relação ao tamanho da fronteira brasileira.      Além disso, não há um acerto político com as fronteiras vizinhas, ocasionando muitas vezes um refúgio para os traficantes, a exemplo disso, há situações em que traficantes tentam entrar no Brasil com drogas e ao avistarem a polícia correm de volta para o seu território de origem, onde há um impedimento dos policiais brasileiros em avançar. Outrossim, os agentes só podem prender os meliantes no território nacional, dando uma sensação  de impunidade para esses criminosos.          Pode-se perceber, portanto, que as raízes políticas e geográficas  brasileiras dificultam a erradicação dos desafios da polícia de fronteira no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que a política brasileira com os países vizinhos se juntem e comecem a fazer um planejamento para colocar policiais de cada fronteira comunicando entre si a todo momento, como também compartilharem informações de suspeitos que podem tentar entrar no país vizinho, para que no momento da fuga ou já na tentativa de entrada com drogas o criminoso seja detido, mudando o cenário de impunidade.