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Enviada em: 22/04/2018

Na série Narcos foi contada a história de um dos principais e mais influentes narcotraficantes da história: Plablo Escobar. No show foi exibida toda a vida do criminoso, mostrando como ele conseguia distribuir toneladas de cocaína pelas fronteiras de países vizinhos. Ao fim, em 1993, foi morto por autoridades Norte Americanas. O tema foi romantizado pela ficção, porém, fora das telas o tráfico de drogas pelas fronteiras brasileiras apresenta-se como um problema em nível federal. Faz-se necessário uma análise dos fatores físicos, financeiros e governamentais que ilustram a atual conjectura.         Em primeiro estudo, deve-se considerar como um dos empecilhos ao combate do tráfico de drogas a enorme fronteira brasileira, com 16.866 Km de extensão. Torna-se praticamente impossível vigilar essa área com cuidado, tanto pelo pequeno número de profissionais disponíveis como pela tecnologia ultrapassada que é empregada. Desse modo, o pequeno grupo de policiais se concentra em linhas já conhecidas, como as fronteiras com o Paraguai e com a Colômbia. Desse modo, o crime altamente organizado encontra modos de tapear os meios utilizados para combatê-los, usando de vias terrestres à aéreas. É tácito que o maior número de apreensões de drogas e traficantes é por meio terrestre. Contudo, uma parcela dos agentes são subordinados, recebendo dinheiro para "deixar passar''.        Outrossim, além de usuários brasileiros consumirem as drogas que entram, o país serve como estrada para o transporte dessas substâncias para a Europa, por exemplo. Entretanto, um grande montante é traficado em terras canarinhas. Logo, deduz-se que o contrabando só existe porque há um grande número de dependentes que, logicamente, comprarão. O Governo brasileiro é de certa forma tolerante a existência de centros abertos para o consumo de drogas, como as cracolândias. E infelizmente, o orçamento investido no policiamento fronteiriço diminuiu desde 2014, que foi quando o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras entrou em ação, cobrindo somente 4% da fronteira.         É evidente, portante, que medidas devem ser tomadas. Destarte, é inviável que o Governo disponibilize um número proporcional a área que deve ser coberta, no entanto, poderá ser usado com mais eficiência os policiais que já estão nas fronteiras. Logo, deve haver uma redistribuição pelas linhas, claro que beneficiando áreas com grande movimento de entrada de estrangeiros no Brasil. Como também, antes de entrar em ação, os policiais devem ser submetidos a cursos preparatórios para que não possam ser subornados, para que assim não colaborem com o crime. Os que já estão ativos, deverão ficar sob vigilância, sob aviso de cumprimento de uma pena. E para que a deficiência em relação aos números fossem compensadas, o Governo deverá modernizar as técnicas e os equipamentos, desse modo, os agentes correriam menos perigo e poderiam mostrar maior resultado.