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Enviada em: 23/04/2018

A partir do século XVI, a colonização brasileira teve início e consolidou-se principalmente em áreas litorâneas devido à economia açucareira. Porém, o advento de outros ciclos econômicos, como o do ouro e da borracha, ocasionou a interiorização territorial do Brasil, o que consequentemente ampliou sua área ocupada, tal como suas fronteiras. O Brasil, atualmente, compartilha limites com diversos países da América do Sul e inúmeros são os desafios enfrentados diariamente pela polícia de fronteira do país, como por exemplo: tráfico de armas, drogas, pessoas e animais silvestres, além do ineficiente controle migratório nessas regiões e a violência que permeia por elas. Dessa forma, é imprescindível o aprimoramento da fiscalização fronteiriça brasileira.       De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui o quinto maior  território do mundo, abrangendo extensas fronteiras terrestres e marítimas, já que é banhado a leste pelo Oceano Atlântico. E é essa vastidão territorial o principal desafio para a fiscalização, uma vez que são muitos quilômetros para poucos agentes, baixa tecnologia e limitados recursos. O reduzido investimento implica em consequências negativas não só nas regiões fronteiriças, mas em todo o país, visto que muitos dos causadores do problema de segurança pública nas grandes cidades passam pelas fronteiras.        A problemática fronteiriça não se restringe à apenas uma questão local, mas sim nacional. A baixa densidade demográfica, as dificuldades de deslocamento e comunicação fizeram com que as fronteiras brasileiras experimentassem um isolamento que as colocou à margem das políticas centrais de desenvolvimento do governo do país. Em muitos locais da fronteira brasileira a presença do Estado é mínima, para não se dizer inexistente, o que afeta diretamente a logística policial nessas regiões, implicando gradativamente no aumento do tráfico, da violência e da extinção de espécies.        Como forma de se combater as atividades ilícitas nas regiões fronteiriças é necessária a integração entre o Brasil e os países da América do Sul com os quais compartilha divisas, com o objetivo de realizar uma fiscalização conjunta, dividindo investimentos, o que trará resultados positivos para ambos os participantes, como por exemplo, a diminuição do tráfico. Além disso, o Estado deve aprimorar a gestão da fiscalização nessas regiões, seja pela contratação de mais agentes, pela instalação de câmeras e postos policiais em locais com maior fluxo de pessoas, transportes e mercadorias, além da adoção de recursos como os drones, a fim de facilitar a ação vigilante e erradicar os fluxos ilegais. Outrora, é imprescindível a atuação do serviço de inteligência para identificar as regiões mais carentes de fiscalização. Dessa forma, as ações da polícia de fronteira podem ser realizadas com êxito.