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Enviada em: 23/04/2018

O Brasil, por sua imensa extensão territorial, faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, o que torna importante a ação de forças do governo para fiscaliza-las, visto que as fronteiras são portas de entrada para o país. Apesar da relevância das polícias de fronteiras para o Brasil, estas não recebem o verdadeiro valor por parte do governo. Dessa forma, além dos desafios do combate ao tráfico drogas e outros, a polícia de fronteira ainda precisa enfrentar o descaso do governo frente às necessidades de maior estrutura, treinamento e armaria nas divisas.     Atualmente no Congresso Nacional há uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 3/2018) que visa criar a Polícia Nacional de Fronteiras, com o objetivo de vencer os crimes transfronteiriços que historicamente assolam o país. Contudo, enquanto a PEC não é aprovada o que se designa “polícia de fronteira” corresponde a uma subdivisão da Polícia Federal, não existindo assim um órgão isolado e especializado somente em cuidar das divisas territoriais. Com isso, de todo o dinheiro público destinado a manter a ordem no país, apenas uma misera parte é investida nos agentes fronteiriços.    Em consequência da falta de investimento nas fronteiras, crimes como o tráfico de droga continuam a causar um caos no país, isso porque o Brasil faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína no mundo (Colômbia, Peru e Bolívia), que sem o devido controle das divisas do país continuarão a vender seus produtos para os grandes cartéis brasileiros. No documentário “Quebrando o Tabu” diversos especialistas falam da ineficácia das políticas atuais no combate as drogas, visto que os governantes na maioria das vezes buscam “demonizar” o consumo de substâncias ilícitas, ao invés de monitorar e combater a entrada delas no país.    Em virtude da importância da polícia de fronteira no combate a crimes como o citado no exposto a cima, é necessário que a Câmara dos Deputados aprove imediatamente a PEC 3/2018, para que, finalmente, um órgão específico em organizar as fronteiras do país seja criado. Além disso, é imprescindível que o Governo Federal disponibilize mais recursos financeiros para as fronteiras, com o objetivo de comprar novos equipamentos e disponibilizar cursos de capacitação para os agentes fronteiriços. Por fim, deve haver uma união entre a nova polícia de fronteira com as demais forças armadas do país, como o exército e a própria polícia federal, com isso, a polícia de fronteira criada poderá cumprir de maneira efetiva o seu papel de fiscalizar e manter a ordem das fronteiras do país, servindo como forma de prevenir alguns crimes no Brasil.